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Repórter Brasília

- Publicada em 31 de Julho de 2016 às 22:13

Articulações do impeachment

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) tem dois motivos para se sentir ansiosa durante as Olimpíadas: os Jogos em si e a votação final do seu impeachment pelos senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não marcou a data do destino de Dilma e do interino Michel Temer (PMDB), mas afirmou que será depois dos Jogos. Enquanto o dia fatídico não chega, aliados da petista e de Temer enfrentam uma batalha de articulações nos bastidores para puxar o voto de 17 indecisos. O placar é complicado. 55 dos 81 senadores votaram pela abertura do processo, mas, desde lá, três afirmaram que mudariam o voto. Depois disso, mais 17 senadores se colocaram como indecisos.
A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) tem dois motivos para se sentir ansiosa durante as Olimpíadas: os Jogos em si e a votação final do seu impeachment pelos senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não marcou a data do destino de Dilma e do interino Michel Temer (PMDB), mas afirmou que será depois dos Jogos. Enquanto o dia fatídico não chega, aliados da petista e de Temer enfrentam uma batalha de articulações nos bastidores para puxar o voto de 17 indecisos. O placar é complicado. 55 dos 81 senadores votaram pela abertura do processo, mas, desde lá, três afirmaram que mudariam o voto. Depois disso, mais 17 senadores se colocaram como indecisos.
Congresso dividido
A única certeza é que, depois do processo, o Congresso Nacional ficará amargamente dividido por um bom tempo. A votação da abertura do processo na Câmara foi prova disso. Foram 367 votos favoráveis e 137 contrários. Os 137 que votaram contra se tornaram uma força de oposição aguerrida e difícil de lidar. Os 367 que votaram a favor também mal conseguiram manter uma unidade. Divididos entre o "centrão", o PMDB e a antiga oposição, praticamente desmontaram com as peripécias do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A eleição do novo presidente da Câmara, que deu o cargo a Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi prova disso: dos 14 candidatos, 10 eram identificados com a base de Temer.
Reflexos na bancada gaúcha
O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff fez uma vítima improvável: a bancada gaúcha. O grupo de 31 deputados e três senadores já tinha dificuldade para montar uma agenda consensual. O impedimento de Dilma piorou as divisões dentro da bancada e, como no resto do Congresso, dificultou as conversas sobre outros temas. "As coisas ficaram bem mais difíceis. A relação era uma e agora é outra. Não é que haja inimizade, mas fica mais difícil encontrar um acordo. Para as reuniões e agendas, temos que fazer um esforço muito maior", disse o coordenador da bancada gaúcha, deputado federal gaúcho Giovani Cherini (PR), que está articulando uma audiência com o presidente interino Michel Temer sobre recursos para a duplicação da BR-116. "Conseguimos para a segunda ponte sobre o Guaíba, falta agora a BR-116." Entre os deputados gaúchos, 22 votaram a favor, oito contra e um se absteve. Entre os senadores, dois foram favoráveis e um contrário.
Recursos fantasmas
O deputado federal gaúcho Cajar Nardes (PR) enviou à Casa Civil um pedido de informação perguntando o porquê do descumprimento pelo Executivo da emenda Constitucional que prevê o acréscimo de 1% no Fundo de Participação dos Municípios. "O texto dispõe claramente que o valor percentual deverá ser entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano. Entretanto, até o momento, o repasse adicional não foi creditado nas contas municipais", disse. De acordo com ele, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), já havia prometido a liberação dos recursos.
 
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