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Repórter Brasília

- Publicada em 20 de Julho de 2016 às 22:05

Mês zumbi


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Julho é um mês morto em Brasília. Ao mesmo tempo em que o cerrado seca por falta de água, o Congresso fica vazio por conta do recesso, anualmente informal. Mas 2016 está sendo um ano atípico. A votação de um presidente da Câmara tampão fez com que as primeiras semanas de um mês tradicionalmente morto fossem estranhamente vivas. A eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para comandar a Câmara foi aproveitada pelos deputados para garantir emendas parlamentares. O corre-corre desesperado dos últimos dias de trabalho foi estendido enquanto assessores peregrinavam pelos ministérios. O clima de enterro também não deve durar tanto. Maia prometeu que irá pedir aos líderes partidários quórum suficiente para ter três dias de votação durante agosto. Promessa difícil, já que é ano eleitoral e a campanha irá começar no dia 16 de agosto. Maia quer dar um jeito de fazer os deputados votarem segunda, terça e quarta-feira. "O ideal é que os deputados possam estar presentes para que a gente possa trabalhar segunda, terça e quarta-feira, para que depois os deputados possam cumprir sua missão eleitoral de ir nos últimos dias de convenções", disse. Para piorar o cenário, Maia propôs uma agenda de projetos que estão longe de qualquer consenso. Entre esses projetos está a renegociação da dívida dos estados e a desobrigação da Petrobras participar em todos os projetos do pré-sal.
Julho é um mês morto em Brasília. Ao mesmo tempo em que o cerrado seca por falta de água, o Congresso fica vazio por conta do recesso, anualmente informal. Mas 2016 está sendo um ano atípico. A votação de um presidente da Câmara tampão fez com que as primeiras semanas de um mês tradicionalmente morto fossem estranhamente vivas. A eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para comandar a Câmara foi aproveitada pelos deputados para garantir emendas parlamentares. O corre-corre desesperado dos últimos dias de trabalho foi estendido enquanto assessores peregrinavam pelos ministérios. O clima de enterro também não deve durar tanto. Maia prometeu que irá pedir aos líderes partidários quórum suficiente para ter três dias de votação durante agosto. Promessa difícil, já que é ano eleitoral e a campanha irá começar no dia 16 de agosto. Maia quer dar um jeito de fazer os deputados votarem segunda, terça e quarta-feira. "O ideal é que os deputados possam estar presentes para que a gente possa trabalhar segunda, terça e quarta-feira, para que depois os deputados possam cumprir sua missão eleitoral de ir nos últimos dias de convenções", disse. Para piorar o cenário, Maia propôs uma agenda de projetos que estão longe de qualquer consenso. Entre esses projetos está a renegociação da dívida dos estados e a desobrigação da Petrobras participar em todos os projetos do pré-sal.
Reflexo de Maranhão
A ansiedade de Maia talvez seja um reflexo da interinidade de Waldir Maranhão (PP-MA), que ficou marcado pela inação e por conseguir fazer governo e oposição concordarem que era ruim. Os parlamentares da base do presidente interino Michel Temer (PMDB) estão maravilhados com as possibilidades. "A Câmara vivia um processo de indefinição, conflito interno exacerbado. Agora, tudo indica que a eleição de Rodrigo Maia vai apaziguar os ânimos, dar um novo rumo para a esta Casa. O novo presidente deve ser o maestro de uma grande orquestra, fazendo com que todos os partidos e instrumentos sejam tocados de forma que as discussões e deliberações aconteçam", disse o deputado federal gaúcho Jones Martins (PMDB). "É preciso viver o momento de construção, mesmo com discordância, mesmo com as diferenças ideológicas, mas era preciso, sem sombra de dúvida, inaugurar outro tempo", afirmou o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (PMDB).
Demissão em massa
Mais de 1,2 mil funcionários públicos venezuelanos foram demitidos depois de assinarem referendo contra o presidente Nicolás Maduro. Para o deputado federal gaúcho Paulo Pimenta (PT), a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) deveria ter feito o mesmo antes da votação do impeachment. "Os servidores em questão são de livre nomeação (CCs) e alguns perderam FGs (chefias). Coisa que deveríamos ter feito aqui, com funcionários do nosso governo que apoiavam o golpe. Nada demais na decisão adotada."
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