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- Publicada em 11 de Julho de 2016 às 18:03

Porto Alegre é demais

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) vai, mesmo, morar em Porto Alegre depois que seu mandato terminar - seja em agosto próximo, ou em dezembro de 2018. Ela é proprietária de três apartamentos na cidade. Um que estava alugado já foi desocupado pelo inquilino; e dois ficam num mesmo prédio, próximo ao local onde vivem a filha dela e os dois netos. Em um deles a (ex) presidente irá residir.
A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) vai, mesmo, morar em Porto Alegre depois que seu mandato terminar - seja em agosto próximo, ou em dezembro de 2018. Ela é proprietária de três apartamentos na cidade. Um que estava alugado já foi desocupado pelo inquilino; e dois ficam num mesmo prédio, próximo ao local onde vivem a filha dela e os dois netos. Em um deles a (ex) presidente irá residir.
No outro imóvel, que está sendo adaptado para pessoas com dificuldades de locomoção, viverá a sua mãe. No terceiro imóvel, Dilma montará um escritório, em que estocará o que couber dos seus 25 mil livros.
Ela também já decidiu que não levará, para seu novo lar, nenhum presente recebido no primeiro ou segundo mandatos. O estoque inclui quadros, pratarias, louças e bebidas. Tudo ficará no Palácio da Alvorada, cabendo ao futuro governo decidir o destino das peças. Diferentemente do que fizeram os antecessores José Sarney (PMDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

Credor milionário

Uma das curiosidades do passivo da Oi: o português (descendente de muçulmanos) Zeinal Abedin Mahomed Bava, ex-presidente da empresa de telefonia é um dos 13 mil credores dela. Tem, a valores de hoje,
R$ 16,9 milhões a receber.
Quando Zeinal deixou a empresa em outubro de 2014 - após uma gestão de 15 meses - houve acordo (teriam sido R$ 50 milhões) com parcelamento mensal; este teria sido adimplido durante pouco mais de um ano. O recente ingresso da recuperação judicial brecou o saldo devedor.

Dirceu, o VIP

A Polícia Federal (PF) indiciou pela terceira vez o ex-ministro José Dirceu (PT), por corrupção ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A PF suspeita que o ex-ministro tenha recebido dinheiro ilegal da empresa Hope, que mantinha contrato com a Petrobras.
Em troca de e-mails e mensagens de celulares entre executivos, funcionários da empresa e operadores, Dirceu é tratado como "o VIP". O inquérito foi concluído em 22 de junho.

Garupa da girafa

Conta a "rádio-corredor" da OAB de Brasília que - sob o codinome de "garupa da girafa" - estaria em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) uma articulação sobre a próxima posição do atual presidente Ricardo Lewandowski. É incontestável que a ministra Cármen Lúcia será a presidente da Corte a partir de setembro, abrindo-se assim uma vaga na 2ª Turma, que julga quase todas as questões da Operação Lava Jato. Pelo regimento, Lewandowski deverá ir para o lugar de Cármen.
Mas a especulação é esta: antes de ser presidente, Cármen Lúcia trocaria de cadeira com um colega que está na 1ª Turma. Na prática seria uma maneira de manter Lewandowski longe da Lava Jato.

Apertem seus cintos!

Logo depois das Olimpíadas, o governo federal (ainda interino, ou já definitivo) vai insistir na ampliação para 100% do capital estrangeiro a fim de atrair empresas aéreas de baixo custo e forçar a concorrência.
Em seguida virá o anúncio do aperto às - digamos - facilidades (?) de que os passageiros gozam.Acompanhem o que a Anac está preparando: toda a bagagem com mais de cinco quilos será cobrada a cada mil gramas excedentes; assento marcado será sempre tarifado adicionalmente; banco reclinável idem; lanchinhos esmirrados também. Algumas das medidas serão implantadas só um ano depois do anúncio das radicais mudanças.

A propósito

Com a renúncia do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara, caberá à 2ª Turma do STF julgar suas ações.
Mudança de 2014 do regulamento interno do Supremo determinou que o plenário é responsável por julgar processos envolvendo o presidente da República, seu vice, os presidentes da Câmara e do Senado, o procurador-geral da República e os próprios ministros do STF.
Os demais casos ficam com as duas turmas.

Frases da semana passada

"Em todas as operações, o destinatário final eram agentes políticos. Eles estão no topo da cadeia alimentar da propina." Roberto Pozzobon, procurador da República, sobre a Operação Abismo, que apontou pagamento de propina na expansão do Centro de Pesquisas da Petrobras - sempre ela.
"Dolarizei minhas economias porque não sei o que essas pessoas que assumiram o governo farão com a economia." Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, após a denúncia de que ela tinha US$ 6 milhões em cofres e contas em bancos.

Apenas formalmente

Sem compromisso do Espaço Vital de que tal especulação da "rádio-corredor" se concretize, um lembrete apenas formal. É sempre bom saber quais as composições atuais das duas turmas do Supremo.
Primeira - Luís Roberto Barroso (presidente), Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber e Edson Fachin.
Segunda - Gilmar Mendes (presidente), Celso de Mello, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Teori Zavascki.

Quem pode, pode

A Lava Jato proporciona também o "outro lado do balcão" para uma porção de advogados competentes e interessados em que o STF reveja sua posição sobre a prisão antes do trânsito em julgado.
Um profissional da advocacia bem aquinhoado, com banca em São Paulo, celebrará, breve, seu cinquentenário de vida com uma festa na Toscana italiana. Nada contra a festa de arromba.

Romance forense: As muitas caras do Facebook

 Charge Vital

Charge Vital


REPRODUÇÃO/JC
Este é o conteúdo parcial - extraído de uma ação de dissolução de sociedade de fato - com a história de mais uma mulher desconfiada do companheiro, sobretudo pelo tempo que ele passava no computador. Os dois tinham profissões diferentes e distantes: ele, operador jurídico; ela, dona de uma loja de cosméticos. Durante o dia não se viam; à noite, antes de irem ao leito, ele ficava muito tempo teclando.
E desculpava-se que, eventualmente, aliviando o estresse, usava o Facebook para colocar a conversa em dia com os amigos. Ou que entrava na web para concluir trabalhos processuais. Chegou a dar um exemplo: "Acabei de ler, no Espaço Vital, um interessante artigo do desembargador Fabrício sobre honorários advocatícios que me interessou muito".
A verdade é que Estefânia não estava muito convencida e esse foi o motivo para ela resolver criar um perfil falso ("Aline") no Facebook para, depois, tentar arranjar uma conversa virtual com William. A investida deu certo.
Assim, foi com surpresa que "Aline" (aliás Estefânia) assistiu ao feedback do marido, que correspondeu a todas as suas investidas e nem evitou dizer que mantinha uma união estável. Aliás, William aproveitou as várias conversas com a "nova amiga" para falar mal da companheira. Definiu-a como "problemática" e até afirmou que planejava terminar, breve, a relação, provavelmente na expectativa de se envolver com a nova conquista prospectada.
O que William estava longe de imaginar é que do outro lado da comunicação virtual não estava uma amiga colorida, mas sim a sua própria mulher.
Quando William descobriu que a mulher com quem teclava era a sua então atual companheira, já era tarde. Se até um determinado ponto a "nova conquista" foi correspondendo e alinhando-se ao jogo de sedução, na última parte da derradeira conversa, Estefânia (ainda usando o perfil de "Aline") atacou o marido, desmascarando-o.
Terminou o diálogo virtual com uma sentida e sincera despedida: "a tua AGORA ex-mulher".
Por mais desculpas que William pedisse, foi em vão. Tristonho, ele agora tem advertido seus amigos mais próximos: "Alerto-os, em causa própria, que o Facebook tem muitas... caras!".