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JC Logística

- Publicada em 13 de Julho de 2016 às 22:05

Embraer diz que País é quem tem de acionar a OMC

Souza e Silva (e) reclama de protecionismo do Canadá à Bombardier

Souza e Silva (e) reclama de protecionismo do Canadá à Bombardier


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Paulo Cesar de Souza e Silva ocupa desde o início do mês o posto de presidente da Embraer. Mesmo recém-chegado, o executivo já se prepara para uma batalha que tem tudo para ser longa. Advogados da companhia analisam o recente acordo da canadense Bombardier com o governo de Quebec que aumentará o caixa da concorrente em US$ 1 bilhão. Silva acusa a concorrente de usar esse dinheiro para oferecer aviões com preço abaixo de custo no mercado, o que teria tirado os aviões brasileiros do radar da aérea Delta que optou pela Bombardier em uma recente compra de US$ 5,6 bilhões.
Paulo Cesar de Souza e Silva ocupa desde o início do mês o posto de presidente da Embraer. Mesmo recém-chegado, o executivo já se prepara para uma batalha que tem tudo para ser longa. Advogados da companhia analisam o recente acordo da canadense Bombardier com o governo de Quebec que aumentará o caixa da concorrente em US$ 1 bilhão. Silva acusa a concorrente de usar esse dinheiro para oferecer aviões com preço abaixo de custo no mercado, o que teria tirado os aviões brasileiros do radar da aérea Delta que optou pela Bombardier em uma recente compra de US$ 5,6 bilhões.
Até que ponto a Embraer poderá questionar as condições financeiras da Bombardier?
Paulo Cesar de Souza e Silva - A Embraer vai apoiar o governo brasileiro porque algo legal na OMC não compete à Embraer e, sim, ao governo. A nossa preocupação é grande porque esse tipo de apoio distorce a competitividade. Nós investimos US$ 1,7 bilhão para desenvolver a segunda família dos E-Jets, os chamados E2. Investimos muito.
E, portanto, qualquer apoio que venha de governo através de subsídio realmente acaba distorcendo de uma forma bastante importante a dinâmica de competição do mercado. O que nós queremos é competir em produto e em serviço.
A Bombardier é o grande desafio para a nova presidência?
Silva - São tópicos que já tivemos no passado. O Brasil já teve um caso com o Canadá e o Canadá com o Brasil anos atrás e foi muito bem resolvido através de acordo de financiamento de aviões. Isso virou uma regra no mercado. Não só para Brasil e para o Canadá, mas também para os Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.
Os senhores questionarão a presença do governo de Quebec como investidor na Bombardier?
Silva - O que questionamos é o recurso do governo colocado para resgatar e para fazer a reorganização financeira de uma empresa privada. Com esses recursos, essa empresa privada está indo ao mercado e oferecendo um produto abaixo do preço de custo. É isso o que realmente distorce o mercado. É como se o governo brasileiro desse um dinheiro para a Embraer e a Embraer o usasse para descontar do preço do avião.
Durante o governo Dilma Rousseff (presidente afastada), os pagamentos do Tesouro Nacional destinados ao projeto do avião militar KC-390 atrasaram. A dívida já foi quitada?
Silva - Houve alguns atrasos, mas foi feito um acordo desde o ano passado que foi implantado e que já está sendo executado.
Alguns exportadores já reclamam da recente valorização do real. Isso está atrapalhando a Embraer?
Silva - Nós não ficamos olhando muito para isso. Acho que a volatilidade é que é ruim. Se nós tivéssemos um dólar mais estável, seria melhor.
O senhor participa, na Inglaterra, da feira de aviação de Farnborough falando plenamente como presidente. Como será a transição?
Silva - Estou na Embraer há 20 anos. Quando o Fred (Frederico Curado, presidente que foi substituído) foi para a presidência, dois anos depois ele me convidou para ocupar o antigo lugar dele. Foi um caminho natural. Agora, o Fred decidiu sair. A transição acontece até o fim do ano porque a empresa é complexa. O fato de eu ter assumido não quer dizer que não seja necessária uma transição.
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