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JC Logística

- Publicada em 07 de Julho de 2016 às 22:44

Operadora de Heathrow quer disputar aeroportos no País

Com experiência em Londres, empresário busca ter participação ativa

Com experiência em Londres, empresário busca ter participação ativa


ADRIAN DENNIS/AFP/JC
O presidente da Ferrovial Agroman, Alejandro de la Joya, disse, em Madri, que a empresa espanhola está interessada na concessão dos quatro novos aeroportos no Brasil. O executivo do grupo, que tem uma construtora e opera terminais na Europa, afirmou que eventual participação da companhia nos leilões será "ativa" nos consórcios. A espanhola vem para engrossar o interesse nas concessões. Segundo fontes, a lista já inclui outros grupos estrangeiros, a maior parte deles da Europa.
O presidente da Ferrovial Agroman, Alejandro de la Joya, disse, em Madri, que a empresa espanhola está interessada na concessão dos quatro novos aeroportos no Brasil. O executivo do grupo, que tem uma construtora e opera terminais na Europa, afirmou que eventual participação da companhia nos leilões será "ativa" nos consórcios. A espanhola vem para engrossar o interesse nas concessões. Segundo fontes, a lista já inclui outros grupos estrangeiros, a maior parte deles da Europa.
"Estamos interessados e acompanhamos essas quatro privatizações", disse de la Joya. "Não há decisão, todavia, em função da composição com os sócios que conseguiremos e de onde pode haver maior sinergia." A declaração foi feita em palestra no 15º Encontro Santander América Latina, na capital espanhola. O governo oferecerá à iniciativa privada os terminais de Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador.
Questionado sobre como deverá ser a atuação da empresa, que já administra terminais aeroportuários como Heathrow, em Londres, de la Joya disse que a Ferrovial "gosta de ter participação ativa". "Se eu posso ter uma participação ativa com 40%, não faz falta ter 51% do consórcio", disse, ao explicar que não há "numero mágico" para a costura de consórcios.
O executivo reconheceu que a frágil situação do setor de construção no Brasil pode gerar espaço para a entrada mais forte de construtores e operadores estrangeiros. "Mas preferimos que as empresas locais tenham boa forma", disse a jornalistas, após painel sobre a infraestrutura na América Latina. De la Joya nega que a empresa esteja avaliando algum empreendimento já concedido à iniciativa privada e procurando novo sócio. O executivo citou, porém, que, "neste momento, não temos nenhuma concessão de rodovias, mas sempre estamos de olho".
Apesar de o projeto de privatizações ser prioritário para reforçar o caixa do governo, a expectativa é de que falte tempo para realizar o leilão dos quatro aeroportos neste ano. Na melhor das hipóteses, disse uma fonte do setor, o edital deverá ser lançado neste ano, com o evento ficando para janeiro de 2017. No discurso oficial, no entanto, o governo planeja fazer a licitação neste semestre. O processo de audiência pública sobre o tema foi concluído no dia 20 de junho.
Apesar do interesse estrangeiro, o fator impeachment ainda pesa contra o processo, uma vez que o afastamento da presidente Dilma Rousseff é temporário. "Os olhos (dos investidores) estão abertos, mas há receio por causa da estabilidade política", disse Ricardo Medina, especialista em infraestrutura do L.O. Baptista-SVMFA. Para Medina, a conclusão do processo será determinante para o retorno dos investimentos do País: "É o turning point (ponto de inflexão), porque o Brasil passa a ter um navegador definido. Supera-se uma etapa, e o investidor sabe definitivamente com quem tem que falar. Hoje, não há muita certeza sobre a linha que o País vai tomar". Segundo fontes que acompanham o processo de perto, a alemã Fraport, a suíça Zurich Airport, a francesa Aéroports de Paris (ADP), a argentina Corporación América, as norte-americanas ADC & HÁS e DFW Airport e a teuto-canadense Avialliance (ex-Hochtief) também avaliam os projetos.
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