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Transportes

- Publicada em 01 de Julho de 2016 às 15:24

Transposul espera negócios de R$ 120 mi

Evento é, tradicionalmente, um ponto de encontro para vendas e discussão de assuntos do setor

Evento é, tradicionalmente, um ponto de encontro para vendas e discussão de assuntos do setor


ANTONIO PAZ/JC
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela economia atualmente, a 18ª Transposul - Feira e Congresso de Transporte e Logística almeja ter um resultado semelhante ao verificado na edição de 2015, quando alcançou R$ 122 milhões em vendas. O evento deste ano será realizado entre os dias 12 e 14 de julho, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela economia atualmente, a 18ª Transposul - Feira e Congresso de Transporte e Logística almeja ter um resultado semelhante ao verificado na edição de 2015, quando alcançou R$ 122 milhões em vendas. O evento deste ano será realizado entre os dias 12 e 14 de julho, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.
O coordenador da 18ª Transposul, Marcus Vinicius Couto da Silva, argumenta que, devido à conjuntura econômica e política, conseguir manter um desempenho parecido com o do ano passado será considerado um sucesso. O dirigente frisa que esta é uma época de reflexão para os players do setor, como transportadores, fornecedores e clientes. Silva prevê que os expositores deverão apresentar condições especiais para atrair os possíveis compradores.
Além das montadoras de caminhões, estarão presentes companhias que comercializam insumos do segmento de transportes como combustíveis, pneus, rastreadores, sistemas de informação etc. Confirmaram presença empresas como a Ford, Grupo Darcy Pacheco, MAN, Mercedes-Benz, Michelin, Petrobras, Shell e Suvesa/Scania. O coordenador salienta que o público que vai à Transposul é constituído de participantes focados em fazer negociações, trocar experiências e acompanhar as palestras que são realizadas durante o evento. Para este ano, a estimativa é de que aproximadamente 14 mil pessoas compareçam à feira e congresso.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Afrânio Kieling, diz que, apesar de todos os obstáculos, na Transposul, como é um evento consolidado, com um público vindo com o intuito de investir, o reflexo da crise é atenuado. "Apesar do momento, meio turbulento, as compras continuam ocorrendo, é como quando se aguarda a liquidação nos shoppings centers", compara o empresário. O diretor operacional na MS Express Transporte e Logística e vice-presidente Institucional do Setcergs, Sérgio Gonçalves Neto, também tem expectativas otimistas para a Transposul deste ano, apesar de um cenário econômico e político preocupante. "Iniciativas como essa demonstram que o setor empresarial quer ver o Brasil se desenvolver", salienta o empresário.

Exame toxicológico estará entre os assuntos mais debatidos

O diretor da Ctil Logística e vice-presidente de Logística do Setcergs, Frank Woodhead, destaca como um dos assuntos da Transposul a preocupação das transportadoras com a obrigatoriedade dos exames toxicológicos. "Uma norma mal feita, mal executada", considera o empresário. Em vigor desde março, a portaria nº 116 do Ministério do Trabalho e da Previdência Social regulamentou os exames toxicológicos em motoristas profissionais do transporte rodoviário coletivo de passageiros e de cargas.
A matéria também é abrangida pela Lei Federal nº 13.103/2015. Os testes devem ser realizados antes da admissão e por ocasião do desligamento dos trabalhadores. Segundo as regras, a empresa contratante deverá encaminhar o motorista a um ponto de coleta conveniado para a realização do exame. Cabe à companhia pagar pelos testes na contratação e no desligamento. O exame toxicológico tem validade de 60 dias e deverá ter como janela de detecção, para consumo de substâncias psicoativas, uma análise retrospectiva mínima de 90 dias. O motorista receberá um laudo laboratorial detalhado com a relação de substâncias testadas e com os seus respectivos resultados.
O profissional terá direito à contraprova, à confidencialidade dos resultados e à consideração do uso de medicamento prescrito, devidamente comprovado. Woodhead enfatiza que é a favor de, em uma blitz de trânsito, realizar os testes, assim como é feito com o álcool. "O importante é o sujeito não estar dirigindo sob o efeito de álcool ou drogas, mas se ele consumiu algo há 80 dias, o que nos interessa?"
Para o presidente do Setcergs, Afrânio Kieling, "isso está gerando muita controvérsia, assim como foi com a Lei dos Motoristas (que entre outros fatores, aborda a carga horária dos caminhoneiros)", admite. Conforme Kieling, o Setcergs apoia a realização dos exames. Porém, o dirigente ressalta que a aplicabilidade do teste é complexa, pois são poucos laboratórios que podem praticar o serviço. Outra questão é que o motorista profissional seria submetido ao controle, mas quem dirige sem finalidade remunerada não teria essa obrigação, gerando uma desigualdade de tratamento.
O vice-presidente Institucional do Setcergs, Sérgio Gonçalves Neto, sustenta que o exame seria mais efetivo se fosse aplicado no exato momento em que o motorista estivesse dirigindo o caminhão. Da forma que foi proposta a medida, o empresário afirma que se jogou um problema social e de saúde dentro do setor de transporte, com o transportador tendo que arcar com esse custo.

Palestra do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa é um dos pontos altos do evento

Evento é, tradicionalmente, um ponto de encontro para vendas e discussão de assuntos do setor

Evento é, tradicionalmente, um ponto de encontro para vendas e discussão de assuntos do setor


ANTONIO PAZ/JC
Além de ser um local para fechar negócios, a Transposul tornou-se também um palco para o debate dos principais temas do segmento logístico e da atualidade brasileira. Entre os palestrantes deste ano, o coordenador da 18ª Transposul, Marcus Vinicius Couto da Silva, chama a atenção para a presença do ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.
O jurista, eleito em 2013 pela revista Time como uma das 10 pessoas mais influentes do mundo é uma presença muito aguardada. O vice-presidente Institucional do Setcergs, Sérgio Gonçalves Neto, acredita que um dos pontos altos do evento será o depoimento de Barbosa. "Pela maneira dele agir e pela polêmica que já causou, acho que teremos um cenário político e econômico fortemente discutido na Transposul", justifica.
Barbosa vai falar a partir das 17h30min, do dia 12 de julho, no auditório 1, do pavilhão de eventos da Fiergs, com transmissão simultânea para os auditórios 2 e 3. Outros palestrantes serão o diretor-geral do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski, o especialista em programas de segurança no trânsito, J Pedro Corrêa, o empresário, economista e fundador do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS), Marcio Liberbaum, a diretora da Tramontina Multi, Sônia Deitos, o diretor-presidente da Braspress Transportes Urgentes e controlador do Grupo H&P - Empreendimentos e Participações, Urubatan Helou, entre outros.

Setcergs fez sugestões e espera modelo de concessões melhor do que o anterior

Evento é, tradicionalmente, um ponto de encontro para vendas e discussão de assuntos do setor

Evento é, tradicionalmente, um ponto de encontro para vendas e discussão de assuntos do setor


ANTONIO PAZ/JC
Quanto às novas concessões de estradas propostas pelo governo gaúcho, o vice-presidente Institucional do Setcergs, Sérgio Gonçalves Neto, considera uma ação salutar, se resultar em uma boa infraestrutura para o Rio Grande do Sul. "Tivemos por mais de 15 anos contratos mal feitos, que não trouxeram retorno algum para o Estado, não tivemos sequer um quilômetro duplicado e isso foi extremamente prejudicial", lamenta.
Considerando que, agora, serão 30 anos de concessão, o empresário tem a esperança de que o modelo de pedágios seja melhor do que da última vez. Para o dirigente um mecanismo necessário é a definição de um marco regulatório que determine os papéis de cada agente envolvido.
A respeito da intenção do governo do Estado de conceder algumas rodovias para a iniciativa privada, o vice-presidente de Logística do Setcergs, Frank Woodhead, afirma que o sindicato não é contrário à implantação dos pedágios. A entidade não aprovou, especificamente, o modelo consolidado no final da década de 1990, no governo de Antônio Britto, que, de acordo com o empresário, "cobrou caro e não entregou nada". Ele defende que é viável fazer as concessões, porém com base em um marco regulatório e diz que o Setcergs sugeriu ao Estado fazer um convênio com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que tem uma experiência bem-sucedida nas rodovias paulistas, para compartilhar os conhecimentos.
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