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Responsabilidade Social

- Publicada em 25 de Julho de 2016 às 10:41

À procura de um rumo

Projeto Rumo Norte conta com grupos terapêuticos, de convivência, plantão psicológico e assistência social

Projeto Rumo Norte conta com grupos terapêuticos, de convivência, plantão psicológico e assistência social


FREDY VIEIRA/JC
"Eu quero apenas um vento forte, levar meu barco no rumo norte, e no caminho o que eu pescar, quero dividir quando lá chegar", cantou Roberto Carlos em 1974. A música "Eu Quero Apenas" inspirou e deu nome ao projeto social voltado para pessoas com diferentes deficiências, o Rumo Norte. Criado com o objetivo de inserir essas pessoas no mercado de trabalho, é também um espaço de convivência e desenvolvimento de habilidades emocionais. A instituição, mantida pela Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho, das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, conta com 32 funcionários contratados, sendo 29 portadores de alguma deficiência. Há 14 anos em funcionamento, a entidade tem suas atividades voltadas para pessoas acima de 16 anos.
"Eu quero apenas um vento forte, levar meu barco no rumo norte, e no caminho o que eu pescar, quero dividir quando lá chegar", cantou Roberto Carlos em 1974. A música "Eu Quero Apenas" inspirou e deu nome ao projeto social voltado para pessoas com diferentes deficiências, o Rumo Norte. Criado com o objetivo de inserir essas pessoas no mercado de trabalho, é também um espaço de convivência e desenvolvimento de habilidades emocionais. A instituição, mantida pela Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho, das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, conta com 32 funcionários contratados, sendo 29 portadores de alguma deficiência. Há 14 anos em funcionamento, a entidade tem suas atividades voltadas para pessoas acima de 16 anos.
Além de grupos terapêuticos, de convivência, plantão psicológico e assistência social, a entidade oferece mais de 20 oficinas de diferentes capacitações, com duração de um semestre. Dança, informática, braile, inglês para surdos, espanhol, artesanato para surdas, cultura musical, roda de leitura, teatro, massoterapia, expressão corporal para pessoa com deficiência física, digitação para pessoa com deficiência visual, língua americana de sinais, preparação para concurso de matemática, português e legislação estão entre as opções disponíveis aos beneficiários. Cada um pode escolher três delas e, ao completarem o curso, recebem um certificado. Quem ministra os cursos são instrutores surdos, cegos ou com baixa visão. Apesar da entidade não exigir formação, muitos buscaram qualificação e a maioria possui licenciatura em pedagogia.
Para Liziane Behrenz, articuladora pedagógica do projeto, a parte empírica dos mentores, desenvolvida ao longo da vida de quem convive com alguma deficiência, é mais importante do que a técnica e os torna exemplo aos olhos dos beneficiários. "O conhecimento deles de vida é o que qualifica melhor a oficina", explica. O diferencial dos cursos não está no conteúdo, que é o básico em todos os tipos de capacitação oferecidos, mas sim no incentivo da confiança e encorajamento dos deficientes. O objetivo principal é mostrar possibilidades às pessoas para que eles saiam do Rumo Norte com uma postura diferente, não só dentro do mercado de trabalho, mas frente à sociedade como um todo. Ela chama a atenção para a postura dos empregadores e o fato de tolerarem as limitações de candidatos sem deficiência, enquanto falta flexibilidade com as especialidades dos deficientes. "Todo funcionário tem dificuldades, é uma questão de abrir os horizontes para entender que todo mundo trabalha com alguma limitação, nenhum funcionário é 100%", defende ela, que já está há dois anos e meio no projeto. 
Liziane destaca a importância de todos conviverem entre si e perceberem que não são os únicos a terem as suas especialidades. Os deficientes intelectuais auxiliam os físicos e vice-versa. "Se colocar como aquele que ajuda e não só aquele que recebe ajuda", relaciona a articuladora pedagógica. De acordo com a estatística interna, o perfil do grupo atendido pela instituição tem em torno de 40 anos, é composto por uma maioria feminina, com deficiência visual e sem interesse de entrar no mercado de trabalho. Por isso, entre as metas da entidade está o alcance de outros públicos, principalmente de 16 à 30 anos. Eles acreditam que nessa idade muitos ainda estão se descobrindo, pois a pessoa com deficiência tem certo atraso na escolaridade, em função da educação, que não está preparada para acolhe-los.
Antes do início das oficinas, a entidade promove uma semana de acolhimento aos beneficiários, quando explica e apresenta as metodologias e regras do local. Os cursos iniciam no dia 15 de agosto. As inscrições estão abertas desde o início de julho até o fim desta semana e devem ser feitas na sede da entidade, na Praça Parobé, 130, 11º andar. Os pré-requisitos para participar é ter 16 anos ou mais e ser portador de alguma deficiência. Para realizar a inscrição é necessário documento de identidade, CPF, comprovante de residência, da deficiência e de renda. O curso de Braile está disponível também para não deficientes, mas para este grupo é cobrada uma contribuição.

Oficinas com vagas abertas

  • Artesanato para Surdas
  • Auxiliar Administrativo para Surdos
  • Braille
  • Cultura Musical
  • Dança
  • Digitação para Pessoa com Deficiência Visual
  • Espanhol
  • Expressão Corporal para Pessoa com deficiência física
  • Informática para Pessoa com Deficiência Visual
  • Informática para Surdos
  • Informática
  • Inglês
  • Inglês para Surdos
  • Língua Americana de Sinais – ASL
  • Massoterapia
  • Música
  • Preparação para Concurso Direito Constitucional
  • Preparação para Concurso Matemática
  • Preparação para Concurso Português
  • Preparação para Concurso Legislação
  • Roda de Leitura
  • Teatro
  • Telemarketing