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Empresas & Negócios

- Publicada em 06 de Julho de 2016 às 18:29

Nova realidade para as construtoras

A demora na entrega dos imóveis devido ao boom do setor, que parecia o maior dos problemas da Construção Civil anos atrás, foi substituída pela devolução e pelo encalhe de produtos. Se era difícil achar gente para os canteiros de obras, o que inflava salários, agora é preciso lidar com demissões e suas consequências legais. Representante de 9% do PIB do Brasil, a Construção Civil tem retração estimada em 5% para 2016, número esse que comprova que o setor é mais uma vítima da recessão.
A demora na entrega dos imóveis devido ao boom do setor, que parecia o maior dos problemas da Construção Civil anos atrás, foi substituída pela devolução e pelo encalhe de produtos. Se era difícil achar gente para os canteiros de obras, o que inflava salários, agora é preciso lidar com demissões e suas consequências legais. Representante de 9% do PIB do Brasil, a Construção Civil tem retração estimada em 5% para 2016, número esse que comprova que o setor é mais uma vítima da recessão.
Os problemas hoje vividos pelos brasileiros, como o aumento do desemprego, as dificuldades para fornecimento de crédito, a redução da confiança no mercado imobiliário e as incertezas sobre a recuperação da economia do País, tornaram mais frequente a devolução de imóveis adquiridos na planta. Agências medidoras de riscos já apontam a devolução de mais de 40% das unidades comercializadas em 2015.
Um dos vilões do setor, o Programa Minha Casa Minha Vida, implementado pelo governo federal, atrasou diversos pagamentos desde 2013, o que para as construtoras representou o atraso no pagamento e o desligamento de funcionários e a impossibilidade de entrega das obras no prazo pactuado, prejudicando a obtenção de recursos junto aos bancos. Em julho de 2015, entre as empresas atuantes no programa habitacional, conforme o Instituto Brasileiro de Economia, 7,2% projetavam que o volume de construções aumentaria; 35,8% informaram que se manteria estável; e 57% disseram que diminuiria em 12 meses.
Como em todas as crises pelas quais o País já passou, necessário as construtoras, neste momento, atuarem com cautela, pois o mercado deve retomar seus investimentos com a recuperação da economia. Novos prazos podem ser pactuados com o consumidor e com fornecedores e ações judiciais, que lhes geram mais custos, devem ser evitadas. Para isso, mudanças internas, no formato de administração das companhias, com a adesão a novos projetos de reestruturação empresarial, são necessárias. Organizações até então sadias, com problemas pontuais, que de forma rápida entram na espiral da crise financeira, possuem uma grande dificuldade de mudar o perfil de empresa rica para empresa desprovida de recursos. Sabe-se que não é fácil tomar decisões, do dia para a noite, que a obriguem a empresa a reavaliar seu custo financeiro, suas despesas e adequar seu tamanho a nova realidade. Entretanto, embora o discurso pareça simples, mudar a cultura organizacional de uma corporação é um desafio na maioria das vezes necessário à recuperação.
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