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Política

- Publicada em 30 de Junho de 2016 às 11:04

Esquema que envolve Bernardo interfere em 'ordem pública e econômica', diz Polícia Federal

Agência Estado
A Polícia Federal avaliou em relatório na Operação Custo Brasil - desdobramento da Lava Jato em São Paulo - que o esquema Consist "é um caso de muita gravidade". A ação que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), investiga contratos da Consist Software Limitada vinculados ao Ministério do Planejamento.
A Polícia Federal avaliou em relatório na Operação Custo Brasil - desdobramento da Lava Jato em São Paulo - que o esquema Consist "é um caso de muita gravidade". A ação que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), investiga contratos da Consist Software Limitada vinculados ao Ministério do Planejamento.
Por determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão de Bernardo foi revogada nesta quarta-feira (29). O ex-ministro foi solto na noite de ontem.
Sob o comando de Bernardo, que liderou a pasta de março de 2005 a janeiro de 2011 no governo Lula, o Planejamento assinou acordo com o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar (SINAPP) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC).
Essas entidades contrataram a Consist para desenvolver o sistema de gerenciamento e controle dos créditos consignados. De 2010 a 2015, o esquema teria gerado R$ 100 milhões em propinas sobre o contrato da Consist.
"O esquema Consist é um caso de muita gravidade e que interfere diretamente em questões de ordem pública e econômica desde, pelo menos, 2010, com pagamentos de propinas que superam os R$ 102 milhões, o que é mais assustador quando, em perspectiva, observamos se tratar de apenas um contrato, no âmbito de uma secretaria de um Ministério do Governo Federal (MPOG)", aponta o relatório de 281 páginas do delegado Ricardo Hiroshi Ishida.
A fraude, segundo a PF, ocorreu no gerenciamento e no controle de créditos consignados para servidores públicos federais. Os funcionários que tomaram empréstimo deveriam ter pago no máximo R$ 0,30, mensalmente, por um serviço de gerenciamento e controle feito pela Consist, mas acabaram arcando com R$ 1,25, valor quatro vezes maior ao que deveria ser descontado em folha.
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