Empresas negam irregularidades

Apontado pela Polícia Federal (PF) por montar um esquema para desviar verbas da Lei Rouanet, o Grupo Bellini Eventos Culturais, de São Paulo, não teve seus representantes localizados pela reportagem ontem. O dono do grupo, Antônio Carlos Bellini Amorim, foi preso.

Defensor do empresário Fábio Henrique Carvalho Pinto, sócio da Intercapital, também preso, o advogado Reinaldo Quatrocchi afirmou que a empresa prestou conta de todos os contratos e que o seu cliente não sabe por que está preso.

Um dos alvos de diligência da PF, o escritório Demarest Advogados divulgou nota dizendo que não cometeu irregularidades. "O objetivo da visita (da PF) foi a solicitação de documentos e informações relacionados a empresas de marketing de eventos que prestaram serviços ao escritório". Também em nota, a KPMG informa que não é objeto de investigação. "O fato da PF comparecer ao nosso escritório se deu pelo cumprimento de diligência para coletar documentos referentes a contratos com empresas de publicidade e propaganda e que prestaram serviços para a KPMG." A Scania, em nota, diz que "não tem mais informações, mas está colaborando integralmente com a investigação". O Laboratório Cristália diz que "recebeu com surpresa a busca em suas dependências de documentação de agente cultural que lhe prestou serviço de fomento à cultura".

Em nota, o Grupo NotreDame Intermédica nega irregularidades. "O comparecimento da PF se deu pelo cumprimento de diligência para coleta de documentos relacionados a empresas terceiras de marketing de eventos (alvos da investigação) que prestaram serviços ao Grupo NotreDame Intermédica."  A Lojas Cem diz que deu todo o apoio à diligência. "Os projetos nos quais investimos foram feitos, de nossa parte, dentro da mais absoluta regularidade." As outras empresas citadas não foram localizadas.