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Política

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 17:10

Temer diz que impeachment de Janot não deve ser levado adiante

O presidente interino, Michel Temer (PMDB), afirmou ontem que o impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não deve ser levado adiante. Em entrevista à rádio "Jovem Pan", Temer disse também que acredita que não ocorrerão novas demissões de ministros em seu governo.
O presidente interino, Michel Temer (PMDB), afirmou ontem que o impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não deve ser levado adiante. Em entrevista à rádio "Jovem Pan", Temer disse também que acredita que não ocorrerão novas demissões de ministros em seu governo.
Para o presidente, "não vale a pena" o afastamento do procurador-geral. O Senado recebeu, na semana passada, um pedido de afastamento de Janot de duas advogadas de Brasília ligadas ao movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Acho que realmente não vale a pena. O presidente Renan já arquivou cinco pedidos de impeachment do procurador-geral. Esse, se não me engano, é o sexto pedido. Tenho a sensação de que não irá adiante", disse o presidente.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, aguarda um parecer da Advocacia-Geral da Casa sobre o pedido. Janot pediu as prisões de Renan, do ex-presidente José Sarney, do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com base em gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Temer evitou criticar Janot por ter pedido as prisões de seus colegas de partido. "Acho que o procurador fez o papel dele, (embora) eu não saiba quais foram suas razões, mas possivelmente ele está motivado por depoimentos que tem em mãos. E o ministro Teori também fez o dele adequadamente."
Na delação de Machado à Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente da Transpetro disse que Temer pediu R$ 1,5 milhão em doações para a campanha do candidato do PMDB a prefeito de São Paulo em 2012, Gabriel Chalita, valor oriundo de propina de fornecedoras da estatal.
Gravações feitas por Machado levaram à demissão dos ministros Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência). O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, também deixou o cargo na semana passada, depois de ser acusado pelo ex-presidente de Transpetro de receber R$ 1,55 milhão de empresas que prestavam serviço para a estatal.
Na entrevista desta quarta-feira, Temer afirmou acreditar que o seu governo não terá novas demissões de ministros.
"Acho que não (haverá novas demissões). Os que caíram pediram demissão. Assim que apareceu alguma coisa, eles vieram a mim. Acho que não teremos mais problemas, mas isso não pode atrapalhar nem a governabilidade, nem a crença no País."
O presidente Michel Temer ainda admitiu que a sua condição de interino atrapalha, mas disse estar agindo como se o afastamento de Dilma Rousseff já estivesse consolidado. "Tenho me comportado como se fosse um presidente já efetivado, porque o que está em pauta é o País, e o País não pode parar."
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