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Política

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 08:44

Temer reconhece 'instabilidade', mas diz que não se comporta como interino

O presidente em exercício Michel Temer declarou que não deixará passar em branco ataques à sua honra

O presidente em exercício Michel Temer declarou que não deixará passar em branco ataques à sua honra


EVARISTO SA/AFP/JC
O presidente Michel Temer reconheceu que a interinidade cria "instabilidade", mas ressalvou que não age como se fosse deixar o governo em breve. "Governar interinamente é mais complicado por gerar uma certa instabilidade. Não me comporto como interino, mas como definitivo. Não se governa em interesse de A ou B", declarou em entrevista ao jornalista Roberto D'Avila, da Globonews.
O presidente Michel Temer reconheceu que a interinidade cria "instabilidade", mas ressalvou que não age como se fosse deixar o governo em breve. "Governar interinamente é mais complicado por gerar uma certa instabilidade. Não me comporto como interino, mas como definitivo. Não se governa em interesse de A ou B", declarou em entrevista ao jornalista Roberto D'Avila, da Globonews.
Temer voltou a dizer que não traiu a presidente afastada Dilma Roussseff. "Eu não traí ninguém. O que houve foi um processo de impedimento", defendeu-se.
Ao comentar o governo Dilma, Temer disse que "houve certa falta de diálogo com o Congresso". O presidente avaliou que os problemas na economia foram decisivos para o desgaste da petista. "A questão econômica prejudicou o governo e a governabilidade", avaliou.
Temer não demonstrou arrependimento por ter feito um ministério sem mulheres e afrodescendentes. "Exercitaria novamente mesma fórmula, eu tive setes dias para organizar o governo. Só quando me dei conta que do que significava a admissibilidade (do processo de impeachment) no Senado é que comecei a conversar sobre o governo. Antes, tinha pruridos. O desemprego é o problema principal do Brasil. Montamos uma equipe econômica e fizemos uma composição política para ter apoio no Congresso".
Temer disse que manterá a secretária de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes. A secretária é investigada na Justiça Federal por suspeita de ter participado de desvio de R$ 4 milhões do Ministério do Turismo para capacitação de profissionais do Amapá, quando era deputada pelo PMDB do Estado. "Vou mantê-la até que eventualmente haja condenação", disse.

Prognóstico

Temer fez um prognóstico de quanto tempo a economia brasileira vai sair da crise. "Em dois anos e meio dá para colocar o Brasil nos trilhos", disse. "A primeira coisa que devemos fazer é restabelecer a confiança". O presidente disse ter percebido "esperança nos investidores americanos", mas não confirmou se os Estados Unidos serão o primeiro destino de uma viagem internacional, caso seja mantido definitivamente no cargo. "O que estamos fazendo na política externa é universalizando o Brasil", definiu.
Temer afirmou que não há mais interesse na diferenciação entre pessoas de direita e de esquerda. O interino voltou a prometer que manterá programas sociais de combate à miséria. "Enquanto houver pobreza extrema no País, temos de manter o Bolsa Família", afirmou. O presidente destacou que seu governo vai "verificar se a manutenção de crianças na escola está sendo cumprida pelas famílias (beneficiárias dos programas assistenciais".
Temer afirmou que os porcentuais mínimos de investimento em saúde e educação serão mantidos. O presidente disse ter gostado da sugestão do senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque (PPS-DF) de federalizar algumas escolas do primeiro grau. "Houve muito 'prestigiamento' das universidades, mas caiu o do primeiro grau", comparou.
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