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Política

- Publicada em 03 de Junho de 2016 às 20:22

'Jamais vou me calar', diz Dilma Roussef em ato em Porto Alegre

Dilma acusou seus opositores de não lhe garantir o direito de defesa

Dilma acusou seus opositores de não lhe garantir o direito de defesa


JONATHAN HECKLER/JC
Melissa Renz
A presidente afastada Dilma Roussef (PT) participou na tarde desta sexta-feira (3) do lançamento do livro A Resistência ao Golpe de 2016, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Foi o primeiro ato público de Dilma na Capital gaúcha desde que o senado aprovou a abertura do processo de impeachment.
A presidente afastada Dilma Roussef (PT) participou na tarde desta sexta-feira (3) do lançamento do livro A Resistência ao Golpe de 2016, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Foi o primeiro ato público de Dilma na Capital gaúcha desde que o senado aprovou a abertura do processo de impeachment.
O evento foi aberto pelo cantor Nei Lisboa, que dedicou sua apresentação à Dilma, "com muita honra, minha presidenta". Depois, alguns autores do livro falaram, entre eles o ex-governador do Estado Tarso Genro, que foi ovacionado pelos militantes com gritos de “Volta Tarso” e “Fora Sartori”.
No seu discurso para o auditório de 570 lugares lotado, Dilma repetiu o discurso de golpe, que segundo ela “foi para legitimar plano de governo sem aprovação, sem votos. Plano que não foi aprovado nem em reunião de condomínio”. De acordo com Dilma, o direito de defesa é um espaço de luta política aberta que faz parte da democracia. "Se eles são incapazes de garantir o direito de defesa, eles não são democratas, são golpistas", falou.
“Nós temos a certeza de que eles (a oposição) vão tentar me incriminar. E digo: Vai ser muito difícil”, afirmou aos gritos de “Fica Querida” e “Fora Temer”.
A presidente afastada comentou ainda as denúncias publicadas no jornal O Globo, em que é acusada de usar dinheiro público para pagar as despesas pessoais. "Contratei o cabeleireiro pessoalmente e tenho os comprovantes de tudo, passagem e serviço de cabelo", disse.
A petista também citou o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). ”Ele continua bem presente no exercício de sua atividade, mesmo estando fora da Câmara. É bom mesmo vocês falarem 'fora Cunha' hoje aqui", disse. "Ele indicou não somente o atual líder do governo de Temer (o deputado André Moura, do PSC-SE) como também a maior parte dos ministros interinos", afirmou.
Com a frase "Jamais vou me calar", ela encerrou sua participação no ato. De lá, Dilma se dirigiu à Esquina Democrática, para uma ato público organizado pela Frente Brasil Popular contra o governo do presidente em exercício, Michel Temer.
O livro A Resistência ao Golpe de 2016 contém artigos de juristas, intelectuais, jornalistas e ativistas dos movimentos sociais contribuíram para a produção da obra que trata sobre a tentativa de golpe no Brasil.
Veja abaixo um trecho do discurso, em que Dilma fala sobre o processo de construção da democracia e cita o militante Luiz Eurico Tejera Lisbôa, irmão de Nei Lisboa, que foi morto pela Ditadura Militar:
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