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Opinião

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 17:31

Reino Unido e a difícil decisão sobre a União Europeia

Ficaram acirradas as campanhas pró e contra a saída do Reino Unido (United Kindown) da União Europeia (UE). Os debates foram retomados no domingo passado, após três dias de pausa pela morte da deputada Jo Cox, contrária ao Brexit, ou seja, a saída do país do bloco. Nesta semana, vésperas do referendo sobre o assunto, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que o país está diante de uma "escolha existencial" e que "não há como voltar atrás" depois dela. Em 5 de junho de 1975, o governo do primeiro-ministro trabalhista Harold Wilson perguntou ao eleitor: "Você acha que o Reino Unido deve permanecer na Comunidade Econômica Europeia (CEE)?" Venceu o Sim.
Ficaram acirradas as campanhas pró e contra a saída do Reino Unido (United Kindown) da União Europeia (UE). Os debates foram retomados no domingo passado, após três dias de pausa pela morte da deputada Jo Cox, contrária ao Brexit, ou seja, a saída do país do bloco. Nesta semana, vésperas do referendo sobre o assunto, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que o país está diante de uma "escolha existencial" e que "não há como voltar atrás" depois dela. Em 5 de junho de 1975, o governo do primeiro-ministro trabalhista Harold Wilson perguntou ao eleitor: "Você acha que o Reino Unido deve permanecer na Comunidade Econômica Europeia (CEE)?" Venceu o Sim.
Até mesmo o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, opinou pela permanência do seu histórico aliado e colonizador. Convicto, o primeiro-ministro David Cameron liderou a campanha pela permanência do Reino Unido no bloco europeu, que julga importante para todos. Para ele, o comércio e os investimentos devem ser abalados caso os eleitores se decidam pelo Brexit - a abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída), designando a saída do Reino Unido da União Europeia.
Em Londres e outras capitais europeias, foi lembrado que nunca um país-membro deixou a união política e econômica de 28 países - que, desde seu início, só tem se expandido. A saída britânica seria interpretada como um duro golpe ao projeto europeu, cujas origens remontam ao pós-Segunda Guerra Mundial. O termo Brexit lembra a discussão sobre uma possível saída da Grécia da zona do euro, em 2012, pois, à época, estava em voga a palavra Grexit. No contexto britânico, Brexit pegou e se converteu na palavra mais usada para tratar da discussão.
A alternativa Bremain, um trocadilho com a palavra remain, permanecer, nunca gozou da mesma popularidade. Coube ao próprio David Cameron falar sempre como um ferrenho adversário da saída da União Europeia, alertando que, nesta quinta-feira, se isso for decidido, uma provável recessão deixaria o país permanentemente mais pobre.
Pesquisas de opinião apontaram o Remain, a permanência na UE recuperando força, mas o cenário geral é de um eleitorado dividido. Nos últimos dias, ambos os lados retomaram as campanhas com entrevistas, reacendendo o debate sobre imigração, hostilizada por milhões - em 2015, o país recebeu 330 mil imigrantes - versus economia. Mas há o peso de que 1,3 milhão de britânicos desfrutam das mesmas regras europeias para imigrantes e vivem espalhados em diversos países do bloco, principalmente na Espanha, com 300 mil; na Irlanda, com 250 mil; e na França, com 200 mil. Michael Gove, porta-voz da campanha pelo "Leave", a saída da UE, afirmou que o Brexit seria positivo para a economia britânica. Para ele, sair da União Europeia não pioraria a posição econômica. Pelo contrário, melhoraria, afirmou. Tanto Gove quanto Cameron elogiaram Jo Cox, como defensora da permanência do Reino Unido na UE, que foi esfaqueada e levou dois tiros na semana passada. A morte da deputada chocou o país e levantou dúvidas sobre o tom da campanha sobre o Brexit. Um homem de 52 anos foi acusado do assassinato.
Os ingleses esperam que o que restava do debate pré-referendo até hoje possa ser feito num tom menos divisório. Pesquisas de última hora dão a vitória, por pequena margem, pela permanência do Reino Unido na UE, o que acalmaria o bloco europeu. Enfim, a sorte está lançada e cabe ao eleitorado decidir, pelo certo ou errado.
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