A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse neste sábado (25) que cabe ao governo de Londres anunciar qual procedimento irá adotar para deixar a União Europeia (UE). "As negociações não podem durar para sempre, mas depende do Reino Unido dar esses passos", pontuou a chanceler.
Em encontro também neste sábado, ministros da Alemanha, França e outros quatro países fundadores da UE pediram que o Reino Unido acelere sua saída do bloco, de modo a reduzir o período de incertezas que prejudica a economia no continente. Enquanto isso, quase 2 milhões de britânicos já assinaram uma petição na internet para que o Parlamento do Reino Unido faça um segundo plebiscito.
Merkel afirmou ainda que acredita que o Reino Unido quer colocar em prática as decisões tomadas no referendo da última quinta-feira (23), que aprovou a saída da UE, e voltou a defender uma solução rápida. "A questão não deve permanecer bloqueada por muito tempo", alertou, lembrando que até que um acordo seja definido, o Reino Unido continua sendo um membro pleno da UE, com todos os seus direitos e obrigações.
A Alemanha é, atualmente, a maior economia e a mais atuante dentro da UE. Além disso, Berlim foi um dos maiores entusiastas da criação do grupo, que ajudaria em sua reintegração no continente após a 2ª Guerra Mundial.
Em reunião realizada hoje (25) em Berlim, chanceleres dos seis países fundadores da União Europeia pediram que a saída do Reino Unido do bloco aconteça o quanto antes. Os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, da Itália, Paolo Gentiloni, Holanda, Bert Koenders, França, Jean-Marc Ayrault, Bélgica, Didier Reynders, e de Luxemburgo, Jean Asselborn, se encontraram para discutir os efeitos da saída do Reino Unido do bloco.
Na segunda-feira (27), o líder político italiano estará em Berlim para uma reunião trilateral com Hollande e Merkel, para também discutir a saída britânica da UE. Além de questões práticas da União Europeia, o encontro deve definir estratégias para frear movimentos semelhantes em outras nações.