O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram que será apresentada hoje, em uma cerimônia em Havana, a definição de um dos pontos mais difíceis do acordo de paz que vem sendo negociado há quase três anos entre as duas partes. Serão anunciados de que formas se dará o cessar-fogo bilateral, como se definirão as zonas que os guerrilheiros poderão ocupar no período de transição até sua reintegração à vida civil e a entrega das armas por parte da guerrilha.
Estarão presentes o presidente Juan Manuel Santos; o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; o líder cubano, Raúl Castro; o chanceler norueguês, Borge Brende (Cuba e Noruega são países de garantia do acordo), além de mandatários de outros países, como Michelle Bachelet (Chile) e Nicolás Maduro (Venezuela).
Isso não significa que o cessar-fogo será imediato - até agora, só se divulgou que ele ocorreria após a assinatura definitiva do acordo. Para isso, ainda falta chegar a um consenso sobre um dos itens do último ponto, chamado de "fim do conflito".
Esse ponto se refere a como o acordo de paz será aprovado pelos colombianos. Falta definir se isso ocorrerá por meio de plebiscito ou referendo (opções preferidas pelo governo) ou assembleia constituinte (opção preferida pela guerrilha).