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- Publicada em 16 de Junho de 2016 às 22:21

Cpers se mantém no Caff após mandado judicial

Manifestantes não acataram ordem de liberar acesso aos servidores

Manifestantes não acataram ordem de liberar acesso aos servidores


JONATHAN HECKLER/JC
Jessica Gustafson
Acampados no saguão do Centro Administrativo do Estado (Caff) desde segunda-feira, mais de 100 professores estaduais e funcionários ligados ao Cpers/Sindicato decidiram continuar a ocupação nesta quinta-feira, mesmo após o mandado de desobstrução da juíza Andréia Terre do Amaral, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central. Na decisão, a magistrada determinou que os acessos do prédio fossem liberados pela categoria, possibilitando a entrada dos trabalhadores do Caff.
Acampados no saguão do Centro Administrativo do Estado (Caff) desde segunda-feira, mais de 100 professores estaduais e funcionários ligados ao Cpers/Sindicato decidiram continuar a ocupação nesta quinta-feira, mesmo após o mandado de desobstrução da juíza Andréia Terre do Amaral, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central. Na decisão, a magistrada determinou que os acessos do prédio fossem liberados pela categoria, possibilitando a entrada dos trabalhadores do Caff.
Como durante a manhã os manifestantes não cumpriram a primeira determinação de liberar o acesso aos servidores, a juíza pediu o apoio da Brigada Militar para o cumprimento da medida. "O Centro Administrativo abriga a grande maioria das secretarias de Estado, e cada dia de paralisação acarreta danos financeiros vultosíssimos em prejuízo de todos, com grave violação ao princípio da continuidade de serviço público", ressalta Andréia.
Até o final da tarde, a BM não tinha ido até o local. O comandante do Policiamento da Capital, coronel Mario Ikeda, informou que ainda não tinha recebido o comunicado da Justiça. Como a liberação não foi efetivada, o Estado ingressou com um novo pedido judicial, desta vez solicitando a desocupação total do Caff. A juíza novamente aceitou o pedido e definiu multa diária de R$ 50 mil pelo descumprimento. À noite, porém, um efetivo foi deslocado para o prédio. A expectativa é de que a desocupação ocorra na manhã desta sexta-feira.
Antônio Lima, diretor do Cpers, explica que a pauta neste momento já é emergencial e, mesmo assim, o Estado não tem apresentado nenhum avanço nas negociações. "Tivemos uma reunião na segunda-feira e afirmamos que ficaríamos no prédio aguardando o retorno do governo. A partir daí, o Estado entrou em uma posição ainda mais intransigente, dizendo que só negocia quando a gente sair. Temos um impasse, pois estamos há mais de um mês em greve e sem avanço. Essa foi a nossa última alternativa", afirma.
Entre as pautas urgentes que fariam a ocupação acabar é a retirada do PL 44/16, que trata da privatização da educação, da pauta da Assembleia, e do projeto interno do governo que trata do fim do adicional para professores de escolas de difícil acesso. "Desde 2014, nosso salário está defasado e estamos ganhando 30% do que é devido. Ainda querem tirar um pouco do recurso que tem e isso é um crime. Também estão aumentando a carga horária e reduzindo a hora-atividade", argumenta Lima. De acordo com ele, a informação que chegou ao sindicato era de que a própria polícia não estava querendo cumprir a medida de desobstrução do Caff devido à repercussão da atuação da corporação, na quarta-feira, na Secretaria Estadual da Fazenda.
 
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