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Geral

- Publicada em 11 de Junho de 2016 às 00:04

Estudantes mantêm ocupações em escolas e realizam ato unificado hoje à tarde

Em coletiva de imprensa, estudantes chamaram para ato unificado hoje

Em coletiva de imprensa, estudantes chamaram para ato unificado hoje


MARCO QUINTANA/JC
Suzy Scarton
Mesmo com a insistência do Estado para que os alunos desocupem as escolas hoje, os estudantes, que já estão nos colégios há um mês, não se mostram dispostos a ceder. Depois de uma assembleia geral na quinta-feira, que reuniu representantes de várias instituições de ensino, foi decidido manter a ocupação nas 158 escolas estaduais até que todas as reivindicações sejam atendidas. Entoando versos como "Educação privatizada/Nossa resposta é a escola ocupada" e "Não tem arrego/Privatiza a minha escola e eu tiro teu sossego", que servem de recado especialmente ao governador José Ivo Sartori, os alunos, em entrevista coletiva no colégio Protásio Alves, na avenida Ipiranga, em Porto Alegre, também anunciaram um ato, que ocorrerá hoje e será chamado de "Dia D das ocupações". A intenção é que ocupantes de todas as instituições compareçam.
Mesmo com a insistência do Estado para que os alunos desocupem as escolas hoje, os estudantes, que já estão nos colégios há um mês, não se mostram dispostos a ceder. Depois de uma assembleia geral na quinta-feira, que reuniu representantes de várias instituições de ensino, foi decidido manter a ocupação nas 158 escolas estaduais até que todas as reivindicações sejam atendidas. Entoando versos como "Educação privatizada/Nossa resposta é a escola ocupada" e "Não tem arrego/Privatiza a minha escola e eu tiro teu sossego", que servem de recado especialmente ao governador José Ivo Sartori, os alunos, em entrevista coletiva no colégio Protásio Alves, na avenida Ipiranga, em Porto Alegre, também anunciaram um ato, que ocorrerá hoje e será chamado de "Dia D das ocupações". A intenção é que ocupantes de todas as instituições compareçam.
A reivindicação que mais causa indignação diz respeito ao Projeto de Lei nº 44/2016, de autoria do Estado. Para os secundaristas, o PL representa a possibilidade de privatização dos colégios. O secretário Estadual de Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, em visita ao colégio Roque Gonzales, na zona Sul da Capital, na terça-feira, comentou que não vê possibilidade de que isso ocorra, mas evitou se posicionar. Enquanto os alunos exigem a retirada do projeto, o governo se compromete apenas a não exigir urgência na votação e a segurá-lo por mais três meses, de modo que a sociedade tenha tempo de debatê-lo. Além disso, os alunos classificaram como insuficientes e vagas as condições estabelecidas para o repasse R$ 40 milhões pra obras e reformas emergenciais. Apesar de reconhecer que o aceite da criação de uma Comissão de Fiscalização para acompanhamento das intervenções seja um avanço, os alunos criticaram "tanto o valor de R$ 40 milhões, que geraria R$ 16 mil para cada uma das 2,5 mil escolas estaduais, quanto o prazo para apresentação de um cronograma somente ao final do mês." Alcoba, no entanto, explicou que esse valor será repassado a 306 escolas, que foram escolhidas porque possuem necessidades mais urgentes, e que cada uma delas receberá, no máximo, R$ 150 mil.
Depois de cinco horas de uma sessão de mediação, realizada na quinta-feira, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) se comprometeu a estender o prazo para reintegração de posse, antes na quinta-feira, para esta segunda-feira. Procurada pela reportagem, a pasta afirmou apenas que alguma medida em relação à decisão dos estudantes será tomada hoje. Neste sábado, as ocupações completaram um mês, e já há preocupação de pais e de alunos quanto à recuperação das aulas.
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