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Geral

- Publicada em 03 de Junho de 2016 às 08:10

Alunos instalam 'assaltômetro' no campus da Engenharia da Ufrgs

Brigada Militar sugere que estudantes evitem andar sozinhos na região

Brigada Militar sugere que estudantes evitem andar sozinhos na região


MARCO QUINTANA/JC
No dia 31 de maio, alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) decidiram tomar uma atitude contra a onda de assaltos que atinge o entorno do prédio, nos arredores da avenida Osvaldo Aranha. Com investimento próprio, seis placas foram encomendadas: cinco com os dizeres "evite andar com o celular na rua, zona de assaltos", e uma que contabiliza os dias que os estudantes passaram sem assaltos. Até agora, o "assaltômetro", como foi apelidado, segue zerado.
No dia 31 de maio, alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) decidiram tomar uma atitude contra a onda de assaltos que atinge o entorno do prédio, nos arredores da avenida Osvaldo Aranha. Com investimento próprio, seis placas foram encomendadas: cinco com os dizeres "evite andar com o celular na rua, zona de assaltos", e uma que contabiliza os dias que os estudantes passaram sem assaltos. Até agora, o "assaltômetro", como foi apelidado, segue zerado.
As placas foram idealizadas pelo estudante de Engenharia Mecânica Mateus Mello, de 22 anos. "Um dia, cruzei com policiais em um local onde não era comum. Tirei uma foto e conversei com eles, e os meus colegas aprovaram a atitude. Então, quando pensei nas placas, falei com os colegas e logo o Felipe me procurou", conta Mello, referindo-se ao presidente do Centro dos Estudantes Universitários de Engenharia (CEUE), Felipe Castro, também de 22 anos, que cursa Engenharia Química. Cerca de R$ 400,00 foram utilizados para fazer as placas.
Um dossiê com dados da segurança da região foi entregue ao capitão Nilton de Godoy, do 9º Batalhão de Polícia Militar. "Os dados oficiais são menores do que as ocorrências que os alunos apontaram. Por isso o boletim de ocorrência é tão importante, ajuda nosso planejamento", explica Godoy. Além disso, o capitão cita a falta de efetivo suficiente, problema que afeta todo o Estado. Para evitar assaltos, Godoy sugere que os alunos evitem andar sozinhos pelos arredores.
O dossiê aponta como lugares críticos a esquina da Osvaldo Aranha com Sarmento Leite, a parada de ônibus da Osvaldo, o "beco" do estacionamento da Faculdade de Direito, o viaduto da João Pessoa, a avenida Engenheiro Luiz Englert e a Praça Argentina. Conforme os alunos, os celulares são os objetos mais visados pelos assaltantes. "Sabemos de casos de alunos que foram feridos com facas. Não queremos que chegue ao ponto de assassinatos", pondera Castro, lembrando de um caso ocorrido na Unisinos, em São Leopoldo.

Estudantes descrevem como foram ataques 

Estudantes que têm aula no Campus Centro descrevem o ambiente de medo. Pelo menos 150 casos foram mapeados nos últimos meses, 60% assaltos, a partir de relatos das vítimas entre estão entre os quase 7 mil seguidores do grupo do Facebook do CEUE. O mapa da violência mostrou ainda que 77% dos alunos não registram ocorrência, pois não acreditam na ação dos órgãos públicos.
Jéssica Thomé e Kamila Tomazi recordam os ataques em plena luz do dia e passaram a adotar estratégias para se deslocar na região, evitando os chamados pontos críticos, identificados pelos alunos como os locais com maior ação de criminosos. O presidente do CEUE reforçou à BM que os estudantes querem segurança ostensiva, com viaturas fazendo ronda em zonas mais perigosas. 
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