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Telecomunicações

- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 18:04

Oi assegura investimentos previstos para este ano

Winik descartou interferência do pedido de recuperação judicial

Winik descartou interferência do pedido de recuperação judicial


OI/DIVULGAÇÃO/JC
O pedido de recuperação judicial apresentado pela Oi há pouco mais de uma semana não irá interferir nos investimentos previstos pela operadora para este ano. A informação foi dada pelo diretor de Varejo da Oi, Bernardo Winik, em coletiva de imprensa realizada na ABTA 2016, feira voltada ao segmento de TV por assinatura que ocorre até amanhã, em São Paulo.
O pedido de recuperação judicial apresentado pela Oi há pouco mais de uma semana não irá interferir nos investimentos previstos pela operadora para este ano. A informação foi dada pelo diretor de Varejo da Oi, Bernardo Winik, em coletiva de imprensa realizada na ABTA 2016, feira voltada ao segmento de TV por assinatura que ocorre até amanhã, em São Paulo.
"Estamos aumentando os investimentos, e o que estava previsto para 2016 está mantido", frisou, mais de uma vez, o executivo. Sem detalhar o montante do aporte previsto para o ano nem o percentual de elevação, Winik garantiu que os balanços da companhia já têm demonstrado a alta. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, o total investido foi de R$ 1,2 bilhão - aumento de 22,5% na comparação com o mesmo período de 2015. Segundo o diretor, o resultado deste trimestre (que deve ser apresentado em breve) também demonstrará que o capital investido está sendo ampliado.
Winik contextualizou que o ano passado foi de "arrumação da casa", com foco no ganho de eficiência das operações. Agora, a operadora busca aumentar a presença junto aos consumidores, e vem com metas consideradas pela própria como audaciosas. No encontro com a imprensa nesta quarta-feira, foi apresentado o primeiro balanço da empresa em relação ao Oi Total, produtos de combo da operadora que agrega serviços de TV, banda larga, telefonia móvel e fixa. Somente nessa linha de negócios, a companhia registra cerca de 80 mil instalações mensais. No total, são 320 mil assinantes em todo o País, mas o objetivo é chegar a 1 milhão até o fim do ano.
"É uma meta agressiva que queremos alcançar até dezembro", enfatizou. Para aumentar o número de assinantes, a Oi está oferecendo um ponto de TV adicional aos contratantes. O produto foi apresentado como uma das frentes de convergência que já permite acesso aos serviços "a qualquer hora, em qualquer lugar e em multidispositivos" por meio do Oi Play, o portal de conteúdo exclusivo, gratuito para os assinantes.
Durante o evento, a companhia lançou o serviço de TV por assinatura pré-paga, a modalidade atende às necessidades dos clientes que não desejam se comprometer com um contrato junto à empresa. Além do mais, abre a possibilidade de alcance de um público de 1,2 milhão de assinantes, que atualmente possuem o dispositivo receptor de sinal de TV via satélite, porém só usam para o sinal aberto, sem adquirir conteúdos ou canais pagos.
Somando dívidas de R$ 65,4 bilhões, a Oi busca renegociar débitos com credores sem que esse empenho afete as operações. Winik reforçou que a companhia continua operando normalmente, mantendo investimentos e lançamentos de produtos que possam elevar a base de clientes, enquanto outras esferas da empresa cuidam da gestão financeira.
 

Justiça do Rio aceita o pedido de recuperação judicial da companhia

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou ontem o pedido de recuperação judicial da Oi, apresentado há 10 dias. O juiz Fernando Viana reuniu as cinco empresas do grupo de telefonia que integram o pedido de proteção à Justiça no processo de recuperação, incluindo as filiais internacionais, com sede na Holanda. A escolha do administrador judicial será feita a partir de uma lista de cinco empresas especializadas que deverão ser indicadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em um prazo de cinco dias.
"Há de se reconhecer que o presente pedido de proteção judicial é formulado por uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo, que impacta fortemente a economia brasileira", justifica o juiz na decisão. Ele sustenta ainda que a reunião de todas as empresas "facilitaria o cumprimento do plano de recuperação, possibilitando o pagamento dos credores, dentro dos prazos estabelecidos".
A operadora informou que o total de dívida nas mãos de mais de 13 mil credores soma R$ 65,4 bilhões, o que representa o maior pedido de recuperação já registrado no País. A empresa tem atuação exclusiva em 2.980 municípios, sendo 384 no Rio Grande do Sul.