O CEO do Uber no Brasil, Guilherme Telles, esteve mais uma vez em Porto Alegre, onde o serviço ainda não está regularizado. Nesta terça-feira, ele falou a empreendedores durante o CEO Fórum, organizado pela Câmara de Comércio Americana (Amcham) e realizado no Teatro do Bourbon Country. Durante o evento, Telles revelou alguns dados sobre o sistema na cidade, em operação desde novembro do ano passado.
"A nota média que os motoristas estão recebendo em Porto Alegre é de 4,8, numa escala até 5", detalhou. Outra informação divulgada por Telles foi que o tempo de espera para quem pede um Uber na cidade fica na média de três minutos.
O CEO aproveitou a oportunidade para falar sobre as diversas modalidades que o Uber oferece. Uma das novidades da marca é o UberEla, para que se tenha mais motoristas mulheres. Até 2020, a intenção é que 1 milhão delas virem parceiras da plataforma. Além disso, mais duas iniciativas focam na inclusão: o UberImigrantes (para impulsionar a adesão de imigrantes) e o UberSul (nas regiões periféricas).
"A gente quer transformar o carro, que ainda é visto como vilão, em solução", destacou Telles, acrescentando que o escritório da empresa em São Francisco fica mais preocupado com a satisfação dos motoristas e dos usuários do que com a receita. O gestor disse, inclusive, que para quem circula menos de 27 quilômetros por dia, andar de Uber é mais barato do que ter um carro próprio.
O primeiro CEO Fórum de 2016, que reuniu cerca de 1,1 mil pessoas, teve como tema a colaboração, sendo a natureza a inspiração. A próxima edição do evento será em outubro.
Além de Telles, participaram das apresentações o filósofo Clóvis de Barros Filho, o diretor de Negócios Sul e Sudeste da Natura, Daniel Levy, o fundador da Get Net, José Renato Hopf, o ex-trainee da Amcham e CEO da B.Blend, Omar Zeyn, e o CEO do Rock in Rio, Luis Justo.
Justo compartilhou a experiência de Roberto Medina, o criador do evento musical há 31 anos. A atração já teve edições em Lisboa, Madri e Las Vegas. "O trabalho de CEO é muito solitário. O Rock in Rio começou de o sonho de uma única pessoa", expôs, acrescentando que hoje o festival reúne mais de 16 mil trabalhadores, entre funcionários e terceirizados.