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Economia

- Publicada em 28 de Junho de 2016 às 13:56

Confiança indica que aumenta chance de produção crescer no 2º tri, diz FGV

Agência Estado
A melhora do Índice de Confiança da Indústria (ICI), que subiu a 83,4 pontos em junho e atingiu o seu maior nível desde fevereiro de 2015, aumenta a chance de a produção industrial do segundo trimestre registrar crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano ou ficar estável, avalia o economista Aloisio Campelo Jr, do Instituto de Economia Brasileira (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que calcula o indicador.
A melhora do Índice de Confiança da Indústria (ICI), que subiu a 83,4 pontos em junho e atingiu o seu maior nível desde fevereiro de 2015, aumenta a chance de a produção industrial do segundo trimestre registrar crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano ou ficar estável, avalia o economista Aloisio Campelo Jr, do Instituto de Economia Brasileira (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que calcula o indicador.
Um dos sinais mais consistentes nessa direção, disse Campelo, é que o Nível de Utilização da Capacidade da Indústria (Nuci), uma das variáveis do ICI, teve, no segundo trimestre, o primeiro avanço marginal desde o terceiro trimestre de 2013. O crescimento foi de 0,2 ponto porcentual em comparação com o primeiro trimestre de 2016. O Nuci terminou junho a 73,9%. Apesar disso, a maior parte do avanço da confiança se deve a expectativas.
Segundo Campelo, 84% do aumento do ICI nos últimos três meses pode ser atribuído a uma melhor expectativa com o futuro dos negócios. Para ele, isso tem relação direta com os desdobramentos políticos dos últimos meses, que resultaram na admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Congresso. "Também vimos isso na época do (Fernando) Collor, com um avanço das expectativas logo após a sua saída", disse.
Com a melhora dos números, Campelo acredita que o ponto de virada da confiança da indústria pode ter sido em agosto do ano passado, uma vez que a partir de setembro o índice parou de cair. No entanto, ele esclarece, o que houve foi uma diminuição do pessimismo e não um aumento do otimismo. Além disso, ele diz que "há dúvidas quanto à velocidade e extensão desta fase (de recuperação da confiança), dadas as incertezas em relação à evolução do consumo das famílias e ao ambiente político nos próximos meses".
O economista afirma ainda que algumas empresas já têm a percepção de que o consumo parou de piorar e "voltou ao normal". E quando a demanda apresentar um crescimento mais consistente, disse, deverá ser puxado pelos primeiros brasileiros que tiveram um alívio no orçamento, que pagaram suas dívidas e estão mais confiantes. "No entanto, ainda tem muita gente dizendo que está tirando dinheiro da poupança para pagar despesas correntes e a massa salarial deve continuar caindo", afirmou.
Campelo aponta ainda que os estoques apresentam algum alívio. A proporção de empresas com estoques excessivos menos a proporção de empresas com estoques insuficientes caiu para 9,8 pontos porcentuais em junho, de 10,3 pontos porcentuais em maio. "O ajuste só não foi finalizado em razão das empresas de bens duráveis", disse o economista. Para a indústria de bens duráveis, essa conta também caiu em relação a maio, de 54,2 para 50, mas ainda é alto em relação ao resultado da indústria de transformação como um todo.
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