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Economia

- Publicada em 25 de Junho de 2016 às 12:59

Com Brexit, Putin exalta relação com China em comércio, agricultura, energia e tecnologia

Presidente russo definiu ao primeiro-ministro Xi Jinping que a relação como "muito abrangente e estratégica"

Presidente russo definiu ao primeiro-ministro Xi Jinping que a relação como "muito abrangente e estratégica"


GREG BAKER/AFP/JC
Estadão Conteúdo
O presidente russo, Vladimir Putin, destacou neste sábado (25), em visita à China, os laços econômicos com o país asiático e elogiou a relação com os chineses, avaliada como "muito abrangente e estratégica". Putin declarou ao primeiro-ministro chinês Li Keqiang que os vínculos eram baseados em interesses econômicos comuns, em referência ao desejo russo de mais investimentos e importações chinesas de petróleo, gás e itens militares.
O presidente russo, Vladimir Putin, destacou neste sábado (25), em visita à China, os laços econômicos com o país asiático e elogiou a relação com os chineses, avaliada como "muito abrangente e estratégica". Putin declarou ao primeiro-ministro chinês Li Keqiang que os vínculos eram baseados em interesses econômicos comuns, em referência ao desejo russo de mais investimentos e importações chinesas de petróleo, gás e itens militares.
"Nossas relações realmente têm a marca de uma parceria abrangente e estratégica", disse Putin a Li no início do encontro no Grande Salão do Povo, em Pequim. Após encontro com o primeiro-ministro, Putin se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, a quem disse que os povos dos dois países têm um forte desejo de "fortalecer e desenvolver nossas relações". "Estou certo de que nossos países podem alcançar sucesso maior em todas as áreas do comércio, em investimentos, agricultura, energia e, claro, alta tecnologia, que é uma prioridade para nós", disse Putin a Xi. Em retorno, Xi afirmou que os dois países devem "promover amplamente a ideia de serem amigos para sempre".
Líderes dos dois países têm enaltecido o florescimento da parceria estratégica entre os antigos rivais comunistas, apesar do forte declínio no comércio bilateral envolvendo Rússia e China e do fracasso na tentativa de converter tais parcerias em projetos mais ambiciosos. Observadores atribuem o progresso lento à dura posição de barganha adotada por Pequim e às profundas suspeitas do Kremlin sobre o crescente poderio chinês.
A relação pessoal entre Putin e Xi e seu desejo de conter a dominação global dos Estados Unidos são apontadas como as principais causas da cooperação entre os dois países. O novo impulso da Rússia em reforçar as relações com a China surgiu após os Estados Unidos e a União Europeia (UE) terem imposto uma série de sanções a Moscou, em reação à anexação da Crimeia em março de 2014.
Com as sanções, EUA e UE interromperam o acesso russo aos mercados financeiros mundiais e bloquearam a transferência de tecnologias ao país. Moscou também foi removido do grupo das oito principais nações industrializadas do mundo.
Em maio de 2014, Putin visitou Pequim e assinou diversos acordos, incluindo um contrato de 30 anos de fornecimento de gás natural no valor de US$ 400 bilhões, como forma de mostrar ao Ocidente que a Rússia tinha outras opções viáveis para vender sua produção. Desde então, havia a expectativa de que outros acordos ambiciosos fossem fechados, mas a maioria fracassou em meio a incertezas quanto à economia russa.
A forte desvalorização da moeda do país, associada aos impactos da queda dos preços do petróleo e das sanções ocidentais foram determinantes para o recuo no comércio bilateral entre China e Rússia, que caiu de cerca de US$ 100 bilhões em 2014 para pouco mais de US$ 60 bilhões no ano passado. O setor de energia é responsável por dois terços das exportações russas para a China.
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