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Economia

- Publicada em 24 de Junho de 2016 às 15:43

Realidade virtual auxilia no treinamento médico

 Entrevista com Patrícia Ribeiro, Gerente de Simulação e Tecnologia do Instituto Simutec, sobre o uso de simulação com uso da realidade virtual para treinamento médico.     na foto: simulação de procedimento operatório

Entrevista com Patrícia Ribeiro, Gerente de Simulação e Tecnologia do Instituto Simutec, sobre o uso de simulação com uso da realidade virtual para treinamento médico. na foto: simulação de procedimento operatório


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Consolidados em outras áreas, os simuladores de realidade virtual já são parte, também, da formação médica em Porto Alegre. A Capital abriga, desde 2014, o centro de treinamento do Instituto Simutec, que afirma ser a primeira empresa do ramo no País. Com tecnologias israelenses e norte-americanas, a unidade oferece simulações de mais de 30 procedimentos a estudantes e profissionais, que, a partir de repetições e cenários diversos, podem refinar suas técnicas e, com isso, diminuir a ocorrência de erros.
Consolidados em outras áreas, os simuladores de realidade virtual já são parte, também, da formação médica em Porto Alegre. A Capital abriga, desde 2014, o centro de treinamento do Instituto Simutec, que afirma ser a primeira empresa do ramo no País. Com tecnologias israelenses e norte-americanas, a unidade oferece simulações de mais de 30 procedimentos a estudantes e profissionais, que, a partir de repetições e cenários diversos, podem refinar suas técnicas e, com isso, diminuir a ocorrência de erros.
No espaço, são oferecidos dois tipos de tecnologia: simuladores manuais, chamados de "caixas brancas", que usam instrumentos reais e moldes físicos de órgãos; e simuladores de realidade virtual, mais modernos, com órgãos e equipamentos computadorizados. As plataformas são distintas conforme a técnica; e algumas, mesmo virtuais, possuem até retorno tátil para o usuário, aumentando a fidelidade da simulação. "Quanto mais vezes se repete o procedimento, mais conhecimento se adquire e evita que se chegue ao hospital sem ter o domínio completo da técnica", argumenta a gerente de simulação e tecnologia do Simutec, Patricia Ribeiro dos Santos. O instituto oferece módulos para graduandos em medicina e médicos residentes em parcerias com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), o Hospital de Clínicas (HCPA), o Hospital Ernesto Dornelles e o Instituto de Educação e Pesquisa (IEP) do Hospital Moinhos de Vento.
Patricia conta que, por passarem por vários cursos, alunos da Ufrgs que continuam sua formação no HCPA acumulam de 450 a 480 horas de treinamento nos simuladores antes de iniciar a prática em pacientes. Ela cita o modelo de capacitação para aviadores como um paralelo, já que, após os treinamentos virtuais, os alunos ainda precisam das fases de observação e de prática assistida por tutores, obrigatórias na formação médica. "Treinamos habilidades, não fazemos habilitação", comenta Patricia, lembrando que só é permitido fazer um curso correspondente à especialização acadêmica do médico ou graduando.
As plataformas disponíveis englobam práticas de videolaparoscopia (procedimentos no abdômen com auxílio de câmeras), endoscopia gastrointestinal e angiografia (intervenções nos vasos sanguíneos), disponíveis desde a inauguração do espaço, além de outras adquiridas depois, como colonoscopia e broncoscopia. Em comum, o fato de serem todas classificadas como minimamente invasivas, aquelas em que as intervenções são feitas a partir de pequenos pontos do corpo do paciente, que o instituto espera ajudar, também, a difundir.
Um lado positivo é quanto à ética animal, salientado por Patricia. "Em alguns estados, onde, diferente do Rio Grande do Sul, ainda não foram proibidos, os treinamentos são feitos em porcos", conta a gerente. Além disso, o próprio treinamento em si é comprometido, já que a anatomia não é igual à humana, e o procedimento só pode ser testado uma vez. Além dos graduandos, os simuladores são buscados também por médicos que já exercem a profissão, que podem refinar e aperfeiçoar suas técnicas com os indicadores medidos pelos softwares.
Conforme avançam tanto a tecnologia quanto as técnicas médicas, o centro pode renovar os equipamentos ou os softwares instalados neles, aumentando o número de procedimentos simulados. Há cada novo lançamento, Patricia conta que o centro testa o demo com médicos especialistas da área, que validam ou não a confiabilidade do produto. Ainda neste ano, um equipamento novo para artroscopia será disponibilizado pelo centro.
Enquanto fazem os cursos, os alunos são acompanhados semanalmente por coordenadores médicos, que avaliam os resultados de todas as simulações para corrigir erros. Há índices de repetição e proficiência baseados na literatura médica que devem ser atingidos para que obtenham os certificados de conclusão. Mais de 380 pessoas já passaram pelos cursos do centro apenas em 2016.
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