O governo chinês está endurecendo o tom sobre empresas estatais que estão coalhadas de dívidas e têm dificuldades em se mostrar lucrativas. Pequim deve divulgar uma "lista negativa", com os nomes das chamadas "empresas-zumbis" que não poderão trocar suas dívidas por ações, afirmou, nesta quinta-feira, Sun Xuegong, diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, uma entidade próxima ao órgão planejador chinês.
A última iniciativa do governo para reduzir o nível de endividamento do setor corporativo será baseada no mercado e não protegerá as empresas-zumbis, afirmou o dirigente em um evento. "Não há problemas éticos no plano de troca de dívida por ações", assegurou.
Paralelamente, Ruan Jianhong, vice-diretor do braço de estatística do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), afirmou que há estimativa de que a proporção entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) chinês do Banco Internacional de Compensações (BIS) está superestimada, por incluir empréstimos duplicados. O BIS estima que a relação entre dívida e PIB da China chegou a 254,8% no final de 2015, muito maior do que a de 41,5% do governo.