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Conjuntura Internacional

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 18:17

Recuo no emprego é 'transitório', diz Yellen

Geração de 38 mil vagas de trabalho, em maio, nos EUA, deve retardar a alta de juros

Geração de 38 mil vagas de trabalho, em maio, nos EUA, deve retardar a alta de juros


SPENCER PLATT/AFP/JC
O recuo na criação de empregos nos Estados Unidos indicado pelas estatísticas de maio é "transitório" e não significa que a economia do país está em desaceleração, disse ontem a presidente do Federal Reserve (Banco Central americano), Janet Yellen. Mais importante que os números do emprego são os indicadores do consumo, afirmou Yellen, que apontam para uma contínua recuperação da economia.
O recuo na criação de empregos nos Estados Unidos indicado pelas estatísticas de maio é "transitório" e não significa que a economia do país está em desaceleração, disse ontem a presidente do Federal Reserve (Banco Central americano), Janet Yellen. Mais importante que os números do emprego são os indicadores do consumo, afirmou Yellen, que apontam para uma contínua recuperação da economia.
"Estamos vendo a retomada do crescimento. Há um forte crescimento dos gastos em consumo", disse Yellen ao ser sabatinada na Câmara dos Deputados.
Em dezembro, o Fed anunciou a primeira alta dos juros em nove anos e indicou que a taxa subiria gradualmente ao longo deste ano. Mas a expectativa esfriou depois dos decepcionantes números do emprego de maio, quando foram criadas 38 mil vagas, uma queda significativa em relação aos 123 mil do mês anterior. Maio foi o pior mês em criação de empregos nos EUA desde setembro de 2010.
Para Yellen, porém, é preciso olhar os números a partir de uma perspectiva histórica, já que a participação no mercado de trabalho vem caindo há anos devido a fatores como o envelhecimento da população norte-americana. Ela afirmou que o que tem ocorrido recentemente é, de fato, uma estabilização.
"Vemos alguns ganhos cíclicos, pessoas que estavam desencorajadas voltaram ao mercado. Os últimos números são muito voláteis, e não devemos prestar muita atenção em um único mês", disse.
Em informe divulgado ontem, o FMI (Fundo Monetário Internacional) previu que o PIB dos EUA crescerá 2,4% em 2016, uma queda em sua projeção de abril, que havia sido de 2,2%. Para 2017, o Fundo manteve a estimativa anterior, de uma expansão de 2,5%.
Embora o relatório considere a economia americana "em boa forma", a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que o Fed deve evitar movimentos "abruptos" nos juros e se disse "alinhada" com a cautela demonstrada por Janet Yellen.
"Também apoiamos a visão de que a decisão de aumentar taxas (de juros) devem depender dos dados, deve ser gradual e deve claramente focar no objetivo da estabilidade, não decisões abruptas de uma forma ou de outra", disse Lagarde.

Vice-presidente do Federal Reserve defende políticas para lidar com grandes bancos em dificuldade

O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Stanley Fischer, defendeu as políticas elaboradas pela instituição para lidar com a liquidação de grandes bancos sem recorrer aos contribuintes, com o argumento de que grandes instituições falidas serão recapitalizadas no futuro por seus credores do setor privado, e não pelo governo.
Fischer, que falou durante conferência em Estocolmo, a capital sueca, dirigiu-se ao crescente número de críticos que alegam que as medidas do Federal Reserve para solucionar o problema de bancos "grandes demais para falir" são muito complexas e insuficientes.
Em particular, Fischer destacou que, "pelas novas regras do Fed, uma instituição financeira sistemicamente importante" - ou SIFI pela sigla em inglês - só receberá apoio financeiro de fontes governamentais, enquanto a recapitalização ficará a cargo dos credores do banco.
Fischer disse ainda que os mercados concluíram que as políticas do Fed provavelmente evitarão a necessidade de um resgate, uma vez que as agências de crédito levaram em conta que o governo não irá necessariamente adotar "ações extraordinárias" para salvar grandes bancos em estado de falência.
"Tivemos muito progresso no sentido de cumprir esses objetivos, deixando o sistema bancário essencialmente mais seguro e forte, e nosso trabalho nesta área vai continuar", concluiu Fischer.