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Economia

- Publicada em 21 de Junho de 2016 às 18:40

IED atinge maior nível desde a crise de 2008

Fusões movimentaram US$ 721 bilhões no ano passado, segundo relatório da Unctad

Fusões movimentaram US$ 721 bilhões no ano passado, segundo relatório da Unctad


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no mundo avançaram 38% em 2015 e chegaram a US$ 1,76 trilhão, no maior nível desde a crise de 2008, segundo os dados da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O resultado foi influenciado principalmente por um salto nas fusões e aquisições entre fronteiras, puxado por reorganizações de empresas multinacionais, incluindo transferência de domicílio fiscal, por razões estratégicas e em busca de menores impostos. O montante quase dobrou, de US$ 432 bilhões para US$ 721 bilhões.
Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no mundo avançaram 38% em 2015 e chegaram a US$ 1,76 trilhão, no maior nível desde a crise de 2008, segundo os dados da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O resultado foi influenciado principalmente por um salto nas fusões e aquisições entre fronteiras, puxado por reorganizações de empresas multinacionais, incluindo transferência de domicílio fiscal, por razões estratégicas e em busca de menores impostos. O montante quase dobrou, de US$ 432 bilhões para US$ 721 bilhões.
"Um salto de 38% no fluxo, para US$ 1,76 trilhão, dá esperança que o investimento estrangeiro direto global está enfim voltando a uma trajetória de crescimento, mas ainda não passamos do período crítico", apontou o secretário-geral da Unctad, Mukhisa Kituyi.
O movimento trouxe uma mudança no perfil dos maiores receptores de IED. Pela primeira vez em cinco anos, os países avançados voltaram a responder por mais da metade desses recursos, ocupando o lugar que era das nações em desenvolvimento e em transição. Em 2014, os países avançados recebiam 41% do IED no mundo, fatia que subiu para 55% em 2015. Assim, Estados Unidos avançaram para o primeiro lugar da lista, com US$ 380 bilhões, ante US$ 107 bilhões em 2014; enquanto a China perdeu a liderança e ficou em terceiro lugar, com US$ 136 bilhões.
Em um ano em que o IED avançou no mundo, o Brasil viveu uma realidade diferente. Sua posição no ranking de maiores receptores de IED no mundo caiu de quarta para oitava. E o montante recebido passou de US$ 73 bilhões em 2014 para US$ 64,6 bilhões em 2015, uma queda de 11,5%. Em seu relatório, a Unctad ressaltou a retração do investimento como um todo no Brasil, com recessão e recuo dos lucros corporativos. A desvalorização do real, no entanto, criou oportunidades para a compra de ativos no País, como foi o caso da compra de ações da Souza Cruz no valor US$ 2,45 bilhões pela controladora britânica British America Tobacco (BAT).
Na América Latina, o valor total recebido em 2015 foi de US$ 167,6 bilhões, leve queda de 1,6% em relação a 2014. Segundo a Unctad, a queda do fluxo de recursos para o Brasil e Colômbia (25,8%) foi compensada pelo aumento para México e Argentina, de 18% e 130%, respectivamente. No caso da vizinha Argentina, no entanto, esse crescimento é muito influenciado pela base de comparação baixa do ano de 2014, quando o governo argentino compensou a espanhola Repsol pela nacionalização da YPF, sua subsidiária no país. Sem considerar essa transição, o aumento foi de apenas 15%.
 
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