Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 16 de Junho de 2016 às 17:07

Desaceleração da queda da atividade indica chegada ao fundo do poço, diz FGV

Agência Estado
A desaceleração do ritmo de queda da atividade econômica em abril, apontada pelo Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV), é mais um sinal de que a economia pode ter parado de piorar, após chegar ao fundo do poço. A avaliação é da economista Juliana Cunha, pesquisadora da equipe responsável pelo indicador no Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.
A desaceleração do ritmo de queda da atividade econômica em abril, apontada pelo Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV), é mais um sinal de que a economia pode ter parado de piorar, após chegar ao fundo do poço. A avaliação é da economista Juliana Cunha, pesquisadora da equipe responsável pelo indicador no Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.
Nesta quinta-feira (16) a FGV informou que o Monitor do PIB apontou queda de 0,86% no PIB no trimestre até abril ante o trimestre móvel imediatamente anterior, o melhor resultado em quatro trimestres. No trimestre encerrado em janeiro, o Monitor do PIB havia apontado recuo de 1,23%. Em relação a igual período de 2015, o indicador apontou queda de 4,6% no trimestre encerrado em abril, enquanto no primeiro trimestre havia recuado 5,4% ante os três primeiros meses do ano passado.
"Pode ser um sinal de que o fundo do poço já chegou. Agora, a maior preocupação é com a velocidade da saída desse poço", afirmou Juliana.
A economista sugeriu cautela antes de se pensar em recuperação da economia. A inflação pressionada e a tendência de alta no desemprego (e queda na renda) seguirão derrubando o consumo das famílias, enquanto o movimento de estabilização da queda da atividade está sendo puxado pela indústria da transformação.
Pelo Monitor da FGV, o PIB da indústria de transformação encolheu 8,4% no trimestre encerrado em abril, em relação a igual período de 2015. No primeiro trimestre do ano, a queda foi de 10,5%, na mesma base de comparação, enquanto no quarto trimestre de 2015 houve recuo de 12%.
"A indústria da transformação alavanca praticamente todas as atividades, especialmente no setor de serviços", disse Juliana.
O problema é que a melhora na indústria da transformação dificilmente terá efeito positivo sobre o consumo das famílias, ponderou a economista da FGV. Com grande ociosidade, a indústria tem espaço para produzir mais sem gerar empregos nem melhoria na renda.
Tanto que a projeção para o consumo das famílias melhorou menos. No trimestre móvel encerrado em abril, o consumo das famílias encolheu 5,8% ante igual período de 2015. No primeiro trimestre fechado, a queda foi de 6,3%, conforme os dados já divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO