Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Tecnologia

- Publicada em 06 de Junho de 2016 às 21:51

TI desafia crise e promete crescer 3% no País em 2016

No mundo, setor teve alta de 4,3% em 2015, alcançando US$ 3,7 trilhões

No mundo, setor teve alta de 4,3% em 2015, alcançando US$ 3,7 trilhões


MONEY SHARMA/AFP/JC
Mantendo a trajetória de crescimento ano a ano, e mesmo com a crise financeira e política vivida pelo Brasil, o mercado brasileiro de Tecnologia da Informação (TI) deverá ter um incremento de 3% em 2016. A projeção é de um estudo produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) em parceria com o IDC.
Mantendo a trajetória de crescimento ano a ano, e mesmo com a crise financeira e política vivida pelo Brasil, o mercado brasileiro de Tecnologia da Informação (TI) deverá ter um incremento de 3% em 2016. A projeção é de um estudo produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) em parceria com o IDC.
A busca por eficiência nos negócios, produtividade e competitividade em empresas de todos os mercados da economia deve fazer com que a TI continue a ser um setor estratégico. Em 2015, os investimentos em hardware, software e serviços no Brasil tiveram um crescimento de 9,2% na comparação com o ano anterior - a média globa foi de 5,6%.
O presidente do Conselho da Abes, Jorge Sukarie, comenta que os números do estudo indicam que, apesar de todos os desafios que o Brasil deve enfrentar, o País terá um setor com um crescimento comparado aos países que experimentarão as maiores taxas de crescimento nestes investimentos. "O uso da tecnologia pode trazer ao Brasil as condições necessárias para que se ganhe produtividade e eficiência, fundamentais para enfrentarmos nossos desafios", observa.
O Brasil se destaca como o primeiro em investimento no setor de TI na América Latina, respondendo por uma fatia de 45% da região, ou US$ 59,9 bilhões. Em seguida, vêm México, com 20% dos investimentos, e Colômbia, com 8%. Ao todo, a região latino-americana soma US$ 133 bilhões.
Por segmento, o mercado de serviços de TI no Brasil avançou 8,2% em 2015 contra 2014 (US$ 14,3 bilhões), o de software cresceu 30,2% (US$ 12,3 bilhões), e o de hardware teve alta de 6,3% (US$ 33,4 bilhões). "A participação dos investimentos em hardware dentre o total ainda é próximo a 56%, mas a participação em software e serviços vem crescendo ano a ano, devendo superar a participação de 50% no total, conforme o Brasil for aumentado o seu grau de maturidade", relata Sukarie.
No ranking mundial de investimentos em TIC, somando telecom, o Brasil perdeu uma posição em 2015, passando ao sexto lugar, com investimentos de US$ 152 bilhões. Mundialmente, o setor de TIC teve alta de 4,3% contra 2014, para US$ 3,7 trilhões, ficando atrás de Alemanha, Reino Unido, Japão, China e Estados Unidos, nesta ordem.
A pesquisa aponta que a relação entre TI e a área de negócios das empresas irá se estreitar ainda mais, por meio da digitalização dos processos e integração das linhas de produção. O estudo aponta que 54% das médias e grandes empresas no Brasil irão realizar investimentos na chamada Transformação Digital (DX) em 2016.
O levantamento ainda demonstra que, com a visibilidade da Internet das Coisas alcançada em 2015, o setor deve atingir US$ 4,1 bilhões só no Brasil, sendo que US$ 37 milhões correspondam apenas a dispositivos domésticos. Outro fenômeno que chama atenção é o aumento de transações financeiras realizadas via mobile: os valores devem superar 30% do total de pagamentos realizados em 2016. Poucas tecnologias terão o crescimento que será experimentado por cloud computing: até o final da década, haverá crescimento de 20% por ano na adoção desse tipo de solução.

Software não licenciado atinge 47% dos usuários no Brasil

A taxa de usuários de computadores brasileiros que usam software não licenciado caiu três pontos entre 2013 e 2015, indica pesquisa global sobre software da BSA - The Software Alliance, chegando a 47%. "Apesar de leve, a queda é positiva para o Brasil, que teve a menor taxa de pirataria da América Latina. Mas ainda há muito a ser feito", explica o country manager da BSA para o Brasil, Antonio Eduardo Mendes da Silva.
Para ele, a melhora pode ser atribuída ao crescimento da cultura de gestão de ativos de software por parte das empresas e à expansão da venda de softwares por meio da tecnologia cloud, que permite ao consumidor e às empresas um novo modelo comercial. Além, claro, das campanhas de conscientização promovidas por parcerias entre entidades como a própria BSA e a Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes).
O estudo mostra que 39% dos softwares instalados em computadores ao redor do mundo em 2015 não foram licenciados adequadamente. Até mesmo em setores críticos o uso não licenciado foi alto - a taxa mundial é de 25% para os setores bancário, de seguros e de valores mobiliários.
A presidente e CEO da BSA, Victoria A. Espinel, diz que é fundamental que as empresas saibam quais softwares fazem parte de sua rede corporativa. "Muitos CIOs não sabem o total de softwares instalados nas suas redes corporativas e se os mesmos são legítimos", observa.
Os executivos de TI estimam que 15% dos funcionários instalam software na rede sem que eles fiquem sabendo. No entanto, a pesquisa mostra que eles estão subestimando o problema, já que quase o dobro dessa quantia (26% dos funcionários) afirma instalar software não autorizado na rede corporativa.