Empresas fabricantes de queijo foram alvo da 3° fase da Operação Queijo Compensado, deflagrada nesta quinta-feira (2) pelo Ministério Público em Porto Alegre e outras seis cidades gaúchas. A investigação apura a adulteração na produção do produto, além de crimes tributários.
Estão sendo cumpridos nove mandados de prisão e outros 18 de busca e apreensão em empresas de laticínios com atuação em Constantina, Tenente Portela, Carlos Barbosa, Antônio Prado e Região Metropolitana de Porto Alegre. Até o momento, a irregularidade tributária aponta para uma sonegação de ICMS no valor de R$ 2 milhões, a partir da venda do queijo e outros derivados sem emissão de documentos fiscais.
De acordo com as investigações, os queijos eram comercializados com contaminação de bactérias causadoras de toxinfecções alimentares, além de alto índice de coliformes fecais. A investigação também aponta que todos os envolvidos no esquema tinham conhecimento sobre a venda dos produtos em condições impróprias ao consumo humano.
Nas adulterações do queijo, o produto mais encontrado foi o amido de milho, utilizado para 'mascarar' a adição de água durante a fabricação.
A operação do Ministério Público ocorre com o apoio da Brigada Militar, Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria Estadual da Saúde e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).