Os ministros de petróleo, Bijan Zanganeh, do Irã e da Argélia, Salah Khebri, disseram nesta quinta-feira (2) que queriam discutir sobre uma redução dos níveis individuais de produção dos países não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) antes de realizar uma reunião do grupo, que começou hoje, em Viena.
A proposta de reduzir a produção dos países de forma individual poderia complicar as negociações para obter um acordo sobre limitar a produção dos países membros da Opep, algo que se aproximou de um consenso na quarta-feira e ajudou a alavancar o petróleo no início desta quinta-feira. A proposta de limitar a produção foi estipulada para tentar impulsionar os preços do petróleo.
"Um teto da Opep sem uma cota não significa nada", disse o ministro do Petróleo do Irã aos repórteres antes da reunião começar.
O comentário de Zanganesh veio ao mesmo tempo que ele reconheceu que um aumento da produção de petróleo do Irã não mostra nenhum sinal de redução. O Irã tem como alvo produzir 4,8 milhões de barris por dia de petróleo bruto dentro de cinco anos, em comparação aos atuais 3,5 milhões de barris por dia, disse o ministro.
Também falando a repórteres antes da reunião começar, o ministro do Petróleo da Argélia disse que a Opep iria debater um "teto com cotas" na produção.
Após os comentários do ministro do Irã, o petróleo - que subia com mais força impulsionado pela possibilidade de um acordo para limitar a produção - passou a operar perto da estabilidade e às 7h45min (de Brasília), o petróleo WTI para julho subia 0,04%, a US$ 49,03 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto avançava 0,06, a US$ 49,75 o barril, na ICE, em Londres.