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Repórter Brasília

- Publicada em 15 de Junho de 2016 às 18:16

Fuga de cérebros

O corte na ciência e tecnologia tem ameaçado projetos e feito cientistas e engenheiros optarem por sair do País. O problema não é só a falta de dinheiro, mas a má aplicação dos recursos existentes. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fndct) e o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) têm arrecadado anualmente quase R$ 5,1 bilhões, mas parte expressiva desses recursos não tem sido efetivamente aplicada. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), por exemplo, recebeu apenas parte da verba prevista. "O contingenciamento tem um impacto grande na formação de pessoas, que demanda tempo. Para mantermos esses talentos, também precisamos de recursos", disse Sebastião Sahão Júnior, presidente do órgão.
O corte na ciência e tecnologia tem ameaçado projetos e feito cientistas e engenheiros optarem por sair do País. O problema não é só a falta de dinheiro, mas a má aplicação dos recursos existentes. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fndct) e o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) têm arrecadado anualmente quase R$ 5,1 bilhões, mas parte expressiva desses recursos não tem sido efetivamente aplicada. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), por exemplo, recebeu apenas parte da verba prevista. "O contingenciamento tem um impacto grande na formação de pessoas, que demanda tempo. Para mantermos esses talentos, também precisamos de recursos", disse Sebastião Sahão Júnior, presidente do órgão.
Projetos parados
Um exemplo de projeto ameaçado é o avião de carga KC 390. Fabricado pela Embraer, com a participação de Argentina, Portugal e República Checa, o cargueiro projetado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para ser a maior aeronave brasileira deverá ser entregue em 2018. Isso se novos contingenciamentos não vierem. De acordo com o major-brigadeiro Fernando César Pereira Santos, vice-diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), alguns projetos, que deveriam ser executados em três anos, levaram cinco anos ou mais para serem concluídos, em razão da demora na liberação das verbas autorizadas.
É pior nas universidades
Segundo Pereira Santos, o problema é muito maior quando se leva em conta as pesquisas feitas em universidades. "A elite da ciência tem maneiras de se safar. DCTA sobrevive. CPqD e Instituto Evandro Chagas também, mas não podem servir de exemplo para a questão da gravidade da descontinuidade de recursos. A lista de queixas das universidades é muito maior", disse. Para o senador gaúcho Lasier Martins (PDT), o futuro é complicado. "Sem pesquisa e ciência, nós jamais seremos competitivos", afirmou.
Para a lei pegar
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) apresentou requerimento para a criação de uma subcomissão para acompanhar a implantação do Marco da Ciência, Tecnologia e Inovação. A lei, sancionada em janeiro deste ano, garante incentivo à pesquisa, prevê isenção e redução de impostos para o setor e amplia o tempo para professores universitários se dedicarem a projetos da área. De acordo com o parlamentar, a subcomissão é "para que o marco não vire mais uma dessas leis que não pegam".
 
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