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JC Logística

- Publicada em 24 de Junho de 2016 às 18:54

Rio Pardo projeta se tornar polo logístico do futuro

Schwanke sonha em escoar 16 milhões de toneladas de soja pelo porto

Schwanke sonha em escoar 16 milhões de toneladas de soja pelo porto


ANTONIO PAZ/JC
Vislumbrando a importância que Rio Pardo já teve na logística do Estado e o espaço que pode retomar no futuro, o prefeito da cidade, Fernando Henrique Schwanke, espera contribuir para a correção de defasagens históricas que minimizaram a mobilidade da região. Durante o 4º Fórum Internacional de Infraestrutura e Logística, realizado em Porto Alegre, ele demonstrou que há muito a explorar na região, com vantagens que vão muito além do município.
Vislumbrando a importância que Rio Pardo já teve na logística do Estado e o espaço que pode retomar no futuro, o prefeito da cidade, Fernando Henrique Schwanke, espera contribuir para a correção de defasagens históricas que minimizaram a mobilidade da região. Durante o 4º Fórum Internacional de Infraestrutura e Logística, realizado em Porto Alegre, ele demonstrou que há muito a explorar na região, com vantagens que vão muito além do município.
Localizada a 140 quilômetros da Capital, a cidade conta com dois rios que podem fazer a ligação hidroviária com o porto de Rio Grande - um acesso que viabiliza o transporte a menor custo da produção agropecuária. "Rio Pardo foi um porto importante até a década de 1950, e também tinha ferrovia", lembra. "Depois, nos anos 1960 e 1970, por políticas públicas, as hidrovias foram abandonadas."
Tendo como um dos principais produtos locais o tabaco, que em sua maioria é exportado, a cidade também poderia viabilizar a logística dos produtores de outros itens voltados à exportação, como a soja, que vem da Metade Norte do Estado. Schwanke lembra que 85% do tabaco produzido no Brasil é vendido no mercado internacional. "O equívoco da política pública do País foi deixar as ferrovias e as hidrovias para focar tudo nas rodovias", diz. "Isso fez com que cidades como Rio Pardo fossem deixadas de lado."
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O que o prefeito deseja para a cidade é que ela se torne um parque industrial hidroviário, onde seria possível escoar 16 milhões de toneladas de soja por meio de um complexo logístico moderno, pelo qual se movimentaria R$ 20 bilhões por ano. Segundo o presidente do Instituto dos Advogados do Mercosul, Marco Antônio Miranda Guimarães, esse seria um investimento capaz de incrementar o PIB estadual em 18%, além de refletir em mais opções de transporte de cargas no Estado.
A proposta que vem sendo debatida entre o setor público e privado contempla a ideia do que Guimarães classifica como um "porto do futuro". Rio Pardo seria sede de um hub logístico multimodal, contemplando o transporte hidroviário, ferroviário e rodoviário. "Se estudou todas as situações para fechar as questões, levando em conta um cenário em que todos ganham", frisa.
O vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação (Fenavega), Fernando Becker, diz que modernizar os portos do Estado, como o de Rio Pardo, aumenta a competitividade gaúcha não só com relação ao mercado internacional mas também dentro do mercado nacional. "O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro que tem ligação hidroviária com seu porto exportador", argumenta, reforçando que a modal hidroviário é o mais seguro, econômico e ecológico para transporte de elevadas cargas.
Apesar dessas vantagens, aprimorar os modelos logísticos, com foco na navegação, depende não só de investimentos em estruturas que estão defasadas, como a melhoria dos equipamentos de carga e descarga, mas de reflexão sobre as cobranças burocráticas.
Becker exemplifica dizendo que a interferência de autoridades na área marinha é ampla, abrangendo inúmeros ministérios controladores de atividades, como o da Defesa (que coordena a Marinha brasileira), Saúde, Fazenda, Transportes, Meio Ambiente e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Outra necessidade é adequar as comportas do Estado para fazer a integração entre as áreas navegáveis. Com boas perspectivas e muito por fazer, o Estado precisará somar esforços para vencer a pesada correnteza que ao longo do tempo relegou as hidrovias.
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