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JC Logística

- Publicada em 08 de Junho de 2016 às 21:51

Aplicativo Uber começa a sofrer ameaça de serviços concorrentes

Criado em Pernambuco, o T81 está operando desde março e inicia expansão pelo País

Criado em Pernambuco, o T81 está operando desde março e inicia expansão pelo País


ANDRÉ HORTA/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
Menos de um mês depois de o prefeito Fernando Haddad (PT) regulamentar o serviço on-line de conexão entre motoristas e passageiros, como o do Uber, novos aplicativos chegam a São Paulo para competir nesse mercado. Na semana passada, o Cabify começou a funcionar em São Paulo. Desenvolvido na Espanha, tem motoristas em Portugal, no México, no Chile, no Peru e na Colômbia.
Menos de um mês depois de o prefeito Fernando Haddad (PT) regulamentar o serviço on-line de conexão entre motoristas e passageiros, como o do Uber, novos aplicativos chegam a São Paulo para competir nesse mercado. Na semana passada, o Cabify começou a funcionar em São Paulo. Desenvolvido na Espanha, tem motoristas em Portugal, no México, no Chile, no Peru e na Colômbia.
A indiana WillGo também atua no Brasil desde o final de abril. Seu aplicativo está disponível para celulares com sistema operacional Android. E o T81, aplicativo pernambucano de caronas remuneradas concorrente do Uber, está cadastrando taxistas no País que estejam interessados em captar corridas através do app. A expectativa é de que, em até 15 dias, a opção seja disponibilizada.
Cada uma dessas empresas segue uma tabela de preços diferentes da usada por Uber e táxis. Em comum, WillGo e Cabify deixam claro que não usam o mecanismo de precificação dinâmica adotado pela rival norte-americana, que eleva o preço da corrida conforme a demanda por carros em determinada região.
Segundo o mexicano Ricardo Weder, presidente da Cabify para a América Latina, a transparência nos preços, que são baseados apenas na distância e informados aos passageiros antes da viagem, é uma das armas da empresa. A Cabify tem como principal financiadora a multinacional de comércio eletrônico japonesa Rakuten, que liderou um investimento de US$ 120 milhões na companhia em abril.
O valor é uma fração do que o Uber captou. Na semana passada, o aplicativo recebeu investimento de US$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano da Arábia Saudita, o que levou o valor de mercado da empresa a US$ 62,5 bilhões. Outras apostas da Cabify são o trabalho próximo às prefeituras para discutir políticas que melhorem o ambiente regulatório para o serviço e seus clientes, e uma busca por oferecer seleção e treinamento mais rigorosos do que os rivais, diz Weder.
"Entendemos que a tecnologia evolui mais rápido do que a capacidade dos governos de criar políticas públicas. Por isso, mantemos um diálogo próximo para propor novas formas de regulação." Weder diz celebrar o fato de São Paulo ter uma legislação para o setor, mas afirma que ela precisará ser aperfeiçoada para garantir um mercado competitivo, que coíba a formação.
Sobre esse ponto, Daniel Beloya, que será o responsável pela Cabify no Brasil, diz que o sistema de leilão de créditos para permitir que as empresas desse novo segmento rodem regularmente em São Paulo pode beneficiar a de maior poder econômico.
Pelo sistema criado pela prefeitura, cada quilômetro a ser percorrido em viagens dessas companhias deve ser comprado antecipadamente em um leilão. Da mesma forma como fazem os aplicativos para chamar táxi 99, Easy Taxi e Wappa, a Cabify promete atuar no mercado corporativo.
Já a WillGo tem ferramenta que permite ao cliente marcar motorista como favorito, dando liberdade para chamá-lo via app, mesmo que ele esteja distante. A empresa também permite o agendamento prévio das corridas com 48 horas de antecedência. O usuário tem à disposição cinco categorias de veículos, incluindo carros blindados e motoboys para entregas. A companhia não cobra comissão dos motoristas por corrida, mas um plano de assinaturas trimestral ou anual de R$ 500,00 e R$ 350,00 por mês, respectivamente.
O aplicativo T81 começou a operar no Recife no dia 28 de março e conta com 1.600 motoristas cadastrados na cidade. No Brasil, são 25 mil. Além da capital Pernambucana, o app começará a funcionar no Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Belo Horizonte. Diferentemente do Uber, o T81 não utiliza a tarifa dinâmica, mas uma fixa, e permite que o usuário pague a corrida em dinheiro.
A WillGo disse estar em operação em São Paulo, em Belo Horizonte, no Rio, em Brasília e em Porto Alegre. Apesar do mercado competitivo em que está, Weder diz que o principal inimigo de sua empresa não são os táxis, nem o Uber. Em vez disso, ele afirma querer desafiar a posse do automóvel. Nesta batalha, os outros serviços são complementares ao seu, diz. "Não faz sentido ter um carro para que ele fique parado 99% do tempo. E, quanto mais alternativas existirem no mercado, mais barato elas ficarão para o consumidor."
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