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Gestão

- Publicada em 30 de Junho de 2016 às 15:22

Grandes empresas quadruplicaram de tamanho

Embraer foi uma das companhias brasileiras destacadas no levantamento da The Boston Consulting Group

Embraer foi uma das companhias brasileiras destacadas no levantamento da The Boston Consulting Group


EMBRAER/DIVULGAÇÃO/JC
As empresas brasileiras de relevância na economia mundial aumentaram de tamanho em quatro vezes ao longo dos nove anos, entre 2005 e 2014, de acordo com estudo da consultoria The Boston Consulting Group (BCG). A receita cresceu em média 15% ao ano ao longo desse período, um ritmo considerado superior ao de outras competidoras de países emergentes.
As empresas brasileiras de relevância na economia mundial aumentaram de tamanho em quatro vezes ao longo dos nove anos, entre 2005 e 2014, de acordo com estudo da consultoria The Boston Consulting Group (BCG). A receita cresceu em média 15% ao ano ao longo desse período, um ritmo considerado superior ao de outras competidoras de países emergentes.
O estudo Global Leaders destaca as 100 maiores líderes em 63 setores da economia mundial e conta com a presença de 11 representantes brasileiros. São empresas de diferentes segmentos, como a BRF, a Braskem, a Embraer e a Natura. Também mencionada no estudo, a JBS entrou em uma categoria de companhias consideradas tão relevantes que são virtualmente indistinguíveis de multinacionais de países desenvolvidos.
Ainda de acordo com o levantamento, essas líderes de mercado brasileiras apresentaram crescimento de 13% no Ebit (lucro antes de juros e impostos) nestes mesmos anos. A rentabilidade delas também foi superior à de pares globais ao longo destes anos.
O BCG concentra o estudo na evolução das empresas de mercados em desenvolvimento. Apesar de o período analisado contemplar anos que foram afetados pelo efeito da última crise econômica mundial, a conclusão é de que as companhias de países emergentes cresceram mais do que os pares de mercados desenvolvidos. Em 2014, as localizadas em mercados em desenvolvimento foram responsáveis por 25% da receita das 100 maiores empresas, um crescimento de 7% em relação à 2009.
O estudo conclui, porém, que as companhias de mercados emergentes devem enfrentar um ambiente mais desafiador pela frente. Para o BCG, esses líderes de mercado não são imunes aos relevantes desafios atuais que se desenham no ambiente macroeconômico de países em desenvolvimento. Como exemplo, o estudo cita as produtoras de commodities, que não podem mais depender da demanda antes insaciável da China. Outro ponto relevante considerado é que a demanda local nesses países está se expandindo com menor velocidade do que em anos anteriores, o que tende a levar essas grandes empresas a buscar crescimento em outras regiões. Para o BCG, esse novo desafio faz com que as companhias de países emergentes precisem aspirar tanto ao crescimento como ao aumento de competitividade.

Concorrência, dividendos e processos são fatores de risco

Um levantamento da KPMG com 235 empresas abertas brasileiras listadas na Bovespa revela que a ação da concorrência, o não pagamento de dividendos e decisões desfavoráveis em processos judiciais são os três principais fatores de risco identificados pelas próprias companhias.
Das 235 empresas consultadas pelo estudo, 175 citaram a ação da concorrência como um fator de risco relevante, enquanto outras 151 mencionaram o não pagamento de dividendos como um ponto importante e 131 identificaram as decisões desfavoráveis em processos judiciais como fatores a serem considerados.
Outros pontos citados no levantamento são a dificuldade ou não execução da estratégia do plano de negócios (130), conflito de interesse entre controladores e minoritários (126), falta ou dificuldade de contratação ou retenção de profissionais (125), riscos relacionados à atuação em setor regulado (117), dependência de fornecedores (114), diluição de investidores (112) e variação no preço dos insumos (111).
O estudo também apontou que os setores com o maior percentual de empresas com áreas de gerenciamento de risco são aqueles com alta regulação, como telecomunicações, utilidade pública e financeiro, ou aqueles com maiores faturamentos, como consumo não cíclico, materiais básicos e petróleo, gás e biocombustíveis.
"Passou a vigorar este ano a Instrução nº 552/14 da CVM, que exige que as empresas informem a existência de uma política corporativa de gerenciamento de riscos, a estrutura organizacional existente e uma opinião da administração sobre a efetividade dessa política", destacou o sócio da KPMG, Sidney Ito. "As companhias que não possuírem ações de gerenciamento de risco deverão explicar o porquê da inexistência."
A pesquisa ainda identificou os fatores de risco por setores de atuação: consumo cíclico (43), financeiro (42), construção e transporte (36), consumo não cíclico (32), utilidade pública (27), materiais básicos (21), bens industriais (20), tecnologia da informação (8), petróleo, gás e biocombustíveis (3) e telecomunicações (3).