A presidente afastada Dilma Rousseff disse, em entrevista à Folha de S. Paulo publicada neste domingo (29), que o governo do presidente interino (seu vice de chapa) Michel Temer "terá de se ajoelhar" diante de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também afastado mas só que da presidência e do mandato na Câmara dos Deputados. Nas redes sociais, Cunha se pronunciou dizendo que "além de sua arrogância e das mentiras habituais, ela demonstra a sua incapacidade e despreparo para governar".
Na entrevista, Dilma afirmou que as razões para o impeachment "estão cada vez mais claras", referindo-se às gravações que vazaram na última semana do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e que atingem a cúpula do PMDB, de Renan Calheiros, Romero Jucá a José Sarney. Para ela, Cunha é figura central no Governo Temer. "Isso ficou claríssimo agora, com a indicação do André Moura, próximo a Cunha."
Cunha reagiu atribuindo à presidente afastada "a arrogância e mentiras habituais" e "que demonstra a sua incapacidade de governar". "Além do crime de responsabilidade cometido e que motivou o seu afastamento, as suas palavras mostram o mal que ela fez ao país. Com o descontrole das contas públicas, aumenta a inflação e a despesa de juros da dívida pública. A sua gestão foi um desastre", atacou.
"Dilma mente tanto que já estamos aprendendo a identificar do ela (sic) mente; basta mover os lábios. Se até o Lula se arrependeu de ter escolhido ela, imaginem aqueles que ela fez de idiota, mentindo na eleição. Para ela, apenas uma frase: tchau querida", escreveu.