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Manifestantes voltam as ruas de Porto Alegre contra o governo de Michel Temer
Manifestantes se reuniram no centro, segundo organizadores foram mais de 25 mil pessoas
CASSIANA MARTINS/JC
Por volta das 18h horas desta terça-feira (24) manifestantes pintavam faixas espalhadas pelo chão onde pediam a saída do governo interino de Michel Temer. Pouco tempo depois, a Esquina Democrática, no Centro Histórico de Porto Alegre, estava lotada, com diversas faixas exibindo frases como “Temer não, eleições gerais já”, “A mulherada tá na rua para lutar” e “o pré-sal é nosso”. Um manifestante carregava uma foto da presidente afastada Dilma Rousseff estampando a pergunta “que horas ela volta?”.
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Por volta das 18h horas desta terça-feira (24) manifestantes pintavam faixas espalhadas pelo chão onde pediam a saída do governo interino de Michel Temer. Pouco tempo depois, a Esquina Democrática, no Centro Histórico de Porto Alegre, estava lotada, com diversas faixas exibindo frases como “Temer não, eleições gerais já”, “A mulherada tá na rua para lutar” e “o pré-sal é nosso”. Um manifestante carregava uma foto da presidente afastada Dilma Rousseff estampando a pergunta “que horas ela volta?”.
Segundo organizadores, 25 mil pessoas estiveram no ato. A Brigada Militar (BM) informou que não fez estimativa de público. Essa é a quarta manifestação realizada na Esquina Democrática desde que Temer assumiu a presidência, em 12 de maio. O ato foi organizado por diversos movimentos, como Frente de Lutas Contra o Golpe, Frente Brasil Popular (FBP), União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS), Levante Popular da Juventude e o coletivo Kizomba. Integrantes da ocupação Lanceiros Negros receberam apoio dos manifestantes, que entoaram "Lanceiros negros é meu amigo. Mexeu com eles mexeu comigo". A ocupação que fica no centro de Porto Alegre devia ter sofrido uma reintegração de posse na manhã desta terça-feira (24), que foi suspensa por uma liminar judicial.
Entre os manifestantes estava o possível candidato à prefeitura de Porto Alegre pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Raul Pont, que falou sobre a situação política do País. “Os últimos dois dias mostram como existe um golpe no Brasil. Essas gravações das conversas do Romero Jucá o fizeram praticamente um réu confesso”, opinou o petista. “Dilma não foi condenada por problemas contábeis ou descumprimento de metas, a conversa mostra que foi um jogo político. Não há combate contra a corrupção, foi uma derrubada de governo.”
Pont também criticou o governo interino por tomar “medidas impopulares, que afetam diversas conquistas sociais” e elogiou os protestos por serem “puxados pela juventude”. Pont criticou ainda a possível reforma na Previdência, alegando que “num país como o Brasil, muitos irão morrer sem usufruir daquilo que contribuíram durante a vida”.
No ato, um grupo de mulheres batucou em latas de tinta palavras de ordem como “contra o golpe” e “empurra o Temer que ele cai”. Uma grande faixa preta trazia o nome do grupo, a Frente das Minas Contra o Golpe. As manifestantes condenavam o governo de Temer como um “golpe misógino”, devido à ausência de mulheres no comando de ministérios.
Pouco depois das 19h, os manifestantes iniciaram a marcha pelo centro da capital bradando o principal canto dos atos: “Não vai ter golpe, vai ter luta.” Seguindo pela Avenida Borges de Medeiros, o grupo parou em frente ao prédio da ocupação Lanceiros Negros por alguns minutos, depois seguiu em caminhada pela região central da cidade, passando pelo bairro Cidade Baixa. O grupo ainda seguiu até a avenida Erico Verissimo e depois bloquearam o trânsito da avenida Ipiranga. Uma virada cultural marcou o fim do protesto no Largo Zumbi dos Palmares.