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- Publicada em 17 de Maio de 2016 às 19:29

Líder do governo na Câmara está indefinido

 Após reunião com deputados da base aliada, Michel Temer pediu mais prazo


Após se reunir com líderes de partidos que apoiam a gestão interina de Michel Temer na

Após reunião com deputados da base aliada, Michel Temer pediu mais prazo Após se reunir com líderes de partidos que apoiam a gestão interina de Michel Temer na


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
Após se reunir com líderes de partidos que apoiam a gestão interina de Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados, o responsável pela articulação política do peemedebista, ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), reconheceu que ainda persiste a indefinição na escolha do nome que vai liderar o governo na Casa.
Após se reunir com líderes de partidos que apoiam a gestão interina de Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados, o responsável pela articulação política do peemedebista, ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), reconheceu que ainda persiste a indefinição na escolha do nome que vai liderar o governo na Casa.
"O presidente Temer ainda não definiu esta questão, estamos conversando. Essa é uma prerrogativa do presidente da República. Evidentemente que vamos conversar com líderes da base aliada para que saia uma solução que nos unifique", afirmou Geddel.
Aliados do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), junto a integrantes de partidos do chamado centrão, como PP e PR, fecharam questão para indicar o nome de André Moura (PSC-SE), que é próximo a Cunha.
Partidos que antes estavam na oposição, como PSDB e DEM, trabalham para emplacar outro nome. Diante do impasse, Temer tem adiado a definição.
Geddel afirmou, no entanto, que o governo interino está trabalhando para definir o seu líder na Câmara "o mais rápido possível". "Esse tipo de questão só tem uma forma de resolver: dialogando com clareza, e isso está sendo feito no decorrer da semana."
O ministro repetiu a queixa de Temer em relação às pressões que seu governo interino tem sofrido e pediu "paciência".
"Estamos no governo faz dois dias, e a sensação que eu tenho, quando leio os jornais, é que o governo já tem quatro anos", disse. "Estão cobrando determinadas ações que precisam de prazo mínimo."
Após a reunião, o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, minimizou o impasse e disse que, embora o PMDB e o centrão tenham apresentado o nome de André Moura, "não farão qualquer veto à escolha do presidente interino Michel Temer".
"Não vamos vetar. O momento é de somar", disse Arantes ontem após encontro com Temer no Palácio do Planalto.

Ministro rebate com ironia bate-cabeça em declarações

Responsável pela articulação do governo Michel Temer (PMDB) com o Congresso Nacional, o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) recorreu a uma ironia ao ser questionado sobre as diversas idas e vindas e recuos em diversas declarações públicas de integrantes da nova gestão no Palácio do Planalto.
Ao responder sobre a questão, disse que ele também não estava conseguindo se comunicar. "Estou sendo incapaz de transmitir a vocês com competência aquilo que vocês me perguntam", rebateu.
Ontem, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, voltou atrás em declarações prestadas em entrevista à Folha de S.Paulo sobre a rever o tamanho do SUS (Sistema Único de Saúde).
No dia anterior, foi o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, quem se viu obrigado a minimizar o teor de suas falas ao jornal. Ele disse que o presidente não era obrigado a escolher um nome enviado em lista tríplice para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR). Logo em seguida, a assessoria de Temer disse que ele manteria o sistema atual - cujo costume é nomear um dos três escolhidos por integrantes do próprio MPF.
Antes de ser questionado sobre as idas e vindas no discurso dos colegas de governo, o próprio Geddel afirmou que "determinadas declarações" da equipe de Temer vinham sendo "transmitidas para a sociedade da maneira errada".
Ele recorreu a esse argumento para não se pronunciar sobre o fato de o aumento da Cide, contribuição sobre os combustíveis, estar sendo estudado pela equipe econômica como alternativa à recriação da CPMF.
Geddel disse que, para evitar equívocos, deixaria o tema sob a batuta dos chefes da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Romero Jucá (PMDB).

Argentina indica que vai reconhecer o novo governo

Há menos de uma semana como ministro das Relações Exteriores, o senador José Serra (PSDB-SP) se prepara para viajar à Argentina. A viagem que acontecerá "em breve", segundo uma fonte cumpre uma tradição na diplomacia brasileira: Buenos Aires é o primeiro destino do chanceler de um novo governo.
Mais importante do que isso, porém, é que a ida de Serra demonstra que, apesar dos gritos contrários à posse de Michel Temer (PMDB) de algumas nações latino-americanas, os argentinos irão reconhecer formalmente a gestão do presidente interino.
"Se Brasil e Argentina estão bem, então está tudo bem", disse um interlocutor da área diplomática brasileira e internacional.
Serra manteve contatos telefônicos com os chanceleres de países do Mercosul, como da Argentina, Susana Malcorra, e do Paraguai, Eladio Loyzada. O governo do uruguaio Tabaré Vázquez dá sinais de que não reconhece Temer como presidente do Brasil.
Também são fortes críticos do processo que levou ao afastamento de Dilma Rousseff (PT) a Venezuela, o Equador, a Bolívia, a Nicarágua e El Salvador. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegou a anunciar, na sexta-feira passada, a convocação do embaixador da Venezuela no Brasil.
Nos últimos dias, o Itamaraty divulgou três notas repudiando declarações dadas por líderes desses países.
Na segunda-feira, eu seu perfil no Facebook, a presidente afastada Dilma Rousseff rebateu os comunicados do Itamaraty. Em nota, Dilma disse que as manifestações dos governos contra o impeachment, bem como as do secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, expressam a "indignação internacional diante da farsa jurídica montada" no Brasil.

Segurança acha escuta telefônica no gabinete de Luís Roberto Barroso

A segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) identificou uma escuta telefônica no gabinete do ministro Luís Roberto Barroso. O equipamento estava desativado e foi encontrado há cerca de duas semanas durante uma varredura de rotina nos gabinetes dos togados. O dispositivo estava instalado em uma caixa de tomada embutida no chão, logo abaixo da mesa do ministro. Ainda não foi possível identificar quando a escuta foi implantada e se ela chegou a ser ativada em algum momento. Um procedimento interno foi aberto para investigar o caso. Recentemente, o ministro assumiu a relatoria da ação que definiu o rito de impeachment da presidente da República afastada Dilma Rousseff (PT). Segundo interlocutores, o ministro ficou surpreso ao saber da escuta em seu gabinete, mas não esboçou maior preocupação. Barroso ocupa o gabinete número 429, no quarto andar de um prédio dos anexos do STF, em Brasília, desde 2013.