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Política

- Publicada em 17 de Maio de 2016 às 18:18

Odebrecht quer Dilma e ex-ministros em sua defesa

Marcelo Odebrecht coordenava 'departamento de propinas' da empreiteira

Marcelo Odebrecht coordenava 'departamento de propinas' da empreiteira


HEULER ANDREY/AFP/JC
Menos de uma semana após ser afastada temporariamente da presidência da República por decisão do Senado, Dilma Rousseff (PT) foi arrolada como testemunha do maior empreiteiro do País, Marcelo Odebrecht, na Operação Lava Jato.
Menos de uma semana após ser afastada temporariamente da presidência da República por decisão do Senado, Dilma Rousseff (PT) foi arrolada como testemunha do maior empreiteiro do País, Marcelo Odebrecht, na Operação Lava Jato.
O nome da petista aparece em último na lista de 15 pessoas que o empreiteiro, já condenado a 19 anos e quatro meses de prisão em uma das ações penais da Lava Jato, arrolou como testemunhas que a defesa considera "imprescindíveis" de serem ouvidas.
Além da petista, Odebrecht solicita como testemunhas os ex-ministros da Fazenda nos governos de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Antonio Palocci (PT) e Guido Mantega, respectivamente, além do ex-ministro da Secretaria de Comunicação no governo Dilma, Edinho Silva (PT).
Ao arrolar Dilma, Mantega, Palocci, Edinho e mais 11 pessoas como suas testemunhas, o empreiteiro não explica o que espera que tais autoridades digam a seu favor perante a Justiça.
O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em 1ª instância, pode exigir que o empreiteiro explique a razão de ter arrolado tais pessoas, a exemplo do que fez com outros réus que chamaram políticos e até ministros para suas defesas.
A lista de testemunhas faz parte da defesa prévia de Odebrecht, primeira manifestação dos advogados do empresário após a denúncia contra ele ser aceita por Moro.
Os advogados do executivo pedem, inicialmente, que ele seja absolvido das acusações e que, caso o juiz Moro siga com a ação, sejam ouvidas as testemunhas dele. Nesta ação penal, Marcelo Odebrecht é acusado de liderar o "departamento de propinas" da Odebrecht, revelado pela Operação Xepa, 26ª fase da Lava Jato.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empreiteiro tinha conhecimento do departamento e, inclusive, teria atuado para desmontá-lo e proteger os funcionários das investigações.
Ao todo, são 12 réus acusados de formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção, incluindo o publicitário João Santana e sua sócia e mulher, Mônica Moura, marqueteiros das campanhas eleitorais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014).
Nesta acusação, o MPF delimitou a denúncia aos repasses do setor de propinas para o casal de marqueteiros, que teriam recebido US$ 6,4 milhões no exterior de contas atribuídas à Odebrecht e R$ 23,5 milhões no Brasil.
Ao todo, foram 45 pagamentos aos marqueteiros no Brasil de 24 de outubro de 2014, ainda durante o período eleitoral, até 22 de maio de 2015, "o que mostra um acinte em relação à Justiça", afirmou o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, ao explicar a acusação. "Eles (Odebrecht) não paravam de cometer crimes, o que reforça a necessidade da manutenção da prisão de Marcelo Odebrecht", disse Dallagnol.
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