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Política

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 00:19

Collor não declara voto, critica Dilma e lei do impeachment

Agência Estado
O ex-presidente da República, senador Fernando Collor (PTC-AL), reservou grande parte do pronunciamento na sessão da Comissão Especial de Impeachment que avalia o afastamento de Dilma Rousseff (PT) para citar o processo semelhante enfrentado por ele, em 1992, lamentar a rapidez da tramitação do processo e ainda citar sua absolvição posterior pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "O País chegou ao ápice de todas as crises", disse Collor no início de um dos discursos mais esperados durante todo o dia, para logo falar sobre seu processo.
O ex-presidente da República, senador Fernando Collor (PTC-AL), reservou grande parte do pronunciamento na sessão da Comissão Especial de Impeachment que avalia o afastamento de Dilma Rousseff (PT) para citar o processo semelhante enfrentado por ele, em 1992, lamentar a rapidez da tramitação do processo e ainda citar sua absolvição posterior pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "O País chegou ao ápice de todas as crises", disse Collor no início de um dos discursos mais esperados durante todo o dia, para logo falar sobre seu processo.
"Em 1992, bastaram menos de quatro meses entre a apresentação da denúncia e minha renúncia. Hoje, o rito é o mesmo, mas o ritmo e o rigor, não", afirmou o senador, lembrando que o parecer apreciado no Senado tem 126 páginas e o dele tinha apenas meia página com dois parágrafos. "Em 1992, fui instado a renunciar na suposição que acusação contra mim era verdadeira. (Posteriormente), fui absolvido de todas acusações pelo STF e foi pela mais alta Corte do País que não houve crime".
Collor continuou e avaliou, em pronunciamento no mesmo Senado que o julgou, que "todas as tragédias que se podem imaginar reduzem-se a uma: o transcorrer do tempo", para depois citar o suposto crime de responsabilidade pelo qual Dilma está sendo julgada. "O maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade com o desleixo da política", disse ele, sem nominar a presidente.
Em seguida, o parlamentar falou nominalmente da presidente e disse que alertou-a, por meio de interlocutores e em raras ocasiões, sobre o impeachment, mas foi ignorado. "Não foi por falta de aviso; desde o início do governo fui a interlocutores de Dilma. Sugeri que Dilma pedisse desculpas por tudo o que ocorreu na campanha eleitoral; alertei sobre a possibilidade de Dilma sofrer impeachment", afirmou. "Fizeram ouvidos de mercador".
Para o ex-presidente, o pano de fundo das crises é o sistema presidencialista de governo, com o qual usufruímos apenas de "espasmos de democracia". Ele ainda criticou a Lei do Impeachment e considerou que o todo sistema está em ruínas. "Isso requer reconstrução. Uma nova política precisa prevalecer, seja qual for o resultado de hoje", emendou.
Por fim, o senador, citou uma biografia sobre ele a ser lançada que o isenta de crimes e emendou, sem declarar voto contrário ou favorável ao impeachment. "A história me reservou este momento, devo vivê-lo no estrito cumprimento do dever." Após descer do púlpito, Collor foi cumprimentado por membros da mesa e ainda por vários colegas de todos os partidos.
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