O senador gaúcho Lasier Martins (PDT-RS) defendeu que os fundamentos jurídicos para o afastamento da presidente Dilma Rousseff estão presentes no processo e indicou ser favorável à admissibilidade.
"Isso já foi exaustivamente comentado e dissecado e contextualizado. Para quem votará pelo afastamento, convém repetir que houve crime de responsabilidade", reforçou o parlamentar em seu primeiro mandato.
Lasier citou os preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal, que foram afrontados pelo governo do PT. "Dilma cometeu o crime por atropelar a lei por transferir recursos de bancos públicos ao Tesouro, exaurido nos gastos, além de emitir crédito suplementar por ter gastado mais. Foi o governo da gastança", concluiu Dilma.
O senador do PDT citou pesquisas de opinião indicando que Dilma teria apenas 10% de apoio, o que desqualificaria a tese de que a presidente tem o respaldo de 54 milhões de eleitores, sua votação em 2014. "Mas será que não veem as pesquisas de opinião? Portanto, a presidente eleita com 54 milhões de votos teria, em muito, 10 milhões de votos, pois frustrou o eleitorado, escondeu a realidade econômica."
No discurso, Lasier citou a Operação Lava-Jato e duvidou que a presidente desconhecesse os casos de superfaturamento, apontados em compra de refinaria e em obras na Petrobras. O senador observou que espera que o novo governo não ameace a independência da Polícia Federal, para que seja levada adiante a investigação.