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Política

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 02:16

Debates atrasam votação do impeachment

Sessão começou às 10h de ontem; até 1h20min de hoje 35 dos 49 pronunciamentos foram contra a petista

Sessão começou às 10h de ontem; até 1h20min de hoje 35 dos 49 pronunciamentos foram contra a petista


JANE DE ARAÚJO/AGÊNCIA SENADO/JC
Após mais de 15 horas da sessão no Senado sobre a admissibilidade do afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), 35 dos 71 senadores inscritos haviam se manifestado a favor da continuidade do processo de impeachment e 13 contra, quando já passava da 1h20min da madrugada. Votação ocorreu por volta das 6h30min, e terminou com 55 senadores favoráveis ao processo e 22 contra.
Após mais de 15 horas da sessão no Senado sobre a admissibilidade do afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), 35 dos 71 senadores inscritos haviam se manifestado a favor da continuidade do processo de impeachment e 13 contra, quando já passava da 1h20min da madrugada. Votação ocorreu por volta das 6h30min, e terminou com 55 senadores favoráveis ao processo e 22 contra.
Uma das falas mais aguardadas foi a do presidente cassado em 1992, Fernando Collor de Mello (então PRN, atualmente no PTC). O hoje senador disse que o sistema político brasileiros "está em ruínas" e criticou o presidencialismo de coalizão, que, segundo ele, está baseado na "cooptação" e no "fisiologismo que envergonham a classe política". No entanto, não deixou clara qual a sua posição sobre o processo de impedimento contra Dilma. Os discursos duraram, em média, 15 minutos cada.
A sessão começou às 10h e, depois de diversas questões de ordem, a senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP), primeira a se pronunciar, falou somente às 11h21min. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), suspendeu a sessão por duas vezes ao longo do dia. O primeiro intervalo foi realizado às 12h30min, e os senadores retornaram à sessão por volta de 14h30min. Ao retornar, atrasado, Renan foi questionado por colegas. Em tom de brincadeira, respondeu: "não podemos apressar a história".
A outra interrupção ocorreu às 18h18min. Alguns senadores protestaram e pediram a continuidade dos trabalhos para não prolongar a conclusão. "Eu sei que a fome é má conselheira e eu sei que ele ia permitir que todos os senadores pudessem fazer um lanche, mas acredito que, se a sessão continuasse, ganharíamos muito tempo. Desculpe se estou sendo impertinente", afirmou Garibaldi Alves (PMDB-RN). Renan agradeceu o comentário, mas manteve sua decisão.
Vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) admitiu, em seu discurso, que o governo cometeu erros, mas destacou melhorias realizadas no País durante a era PT no Planalto. O parlamentar diz que o partido tirou o País do mapa da fome e foi o responsável pela redução do risco Brasil. Ele também reclamou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é "satanizado pela oposição".
Já o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que o governo "perdeu o controle da economia e se habituou à gastança". Ele também argumentou que as pedaladas fiscais estão ligadas ao ferimento do orçamento da República e que, para ganhar a eleição, o governo "teve de sacrificar a Petrobras, que era uma empresa modelo".
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