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Política

- Publicada em 10 de Maio de 2016 às 15:16

Líderes favoráveis ao impeachment decidem futuro de Waldir Maranhão

Grande parte das lideranças quer o afastamento de Maranhão

Grande parte das lideranças quer o afastamento de Maranhão


GUSTAVO LIMA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Agência Brasil
Pouco antes da reunião da Mesa Diretora, que terá participação do presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), líderes partidários favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff decidiram se reunir paralelamente para discutir o futuro comando da Câmara. Grande parte das lideranças quer o afastamento de Maranhão. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), chegou a defender que a decisão seja levada a plenário para que a maioria dos parlamentares decida ou não pela suspensão dos poderes de Maranhão no cargo.
Pouco antes da reunião da Mesa Diretora, que terá participação do presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), líderes partidários favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff decidiram se reunir paralelamente para discutir o futuro comando da Câmara. Grande parte das lideranças quer o afastamento de Maranhão. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), chegou a defender que a decisão seja levada a plenário para que a maioria dos parlamentares decida ou não pela suspensão dos poderes de Maranhão no cargo.
Líder do PTB, o deputado Jovair Arantes (GO), que foi o relator do parecer contrário à Dilma durante a tramitação do processo na Câmara, informou que é clara a tendência "bem aproximada" pelo afastamento de Maranhão. "Queremos que a Casa funcione e não tenha esse tipo de solavanco. Ele está com a legitimidade absolutamente arranhada do ponto de vista do povo brasileiro, não só da Câmara. Os deputados não querem sua permanência", afirmou.
Os líderes suspenderam temporariamente a reunião para tratativas que vão se estender pela tarde, incluindo conversas diretas com Maranhão. Segundo Arantes, antes de qualquer medida regimental, a orientação é buscar um diálogo.
O impasse ganhou corpo desde que Waldir Maranhão anunciou, no fm da manhã de ontem (9), a decisão de anular as sessões da Câmara em que foi aprovada a admissibilidade do processo contra a presidente. Mesmo depois de revogar a medida, no início da madrugada de hoje (10), o parlamentar, que ocupa provisoriamente a cadeira de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), continua sob alvo de críticas entre colegas.
Enquanto isto, a bancada do PP seguiu reunida boa parte da manhã  para tratar sobre a permanência ou não de Maranhão no partido. Essa decisão pode ter proporções ainda maiores, já que a vaga é reivindicada pelo PP. Caso seja aprovada a proposta encampada por nomes como o de Júlio Lopes (RJ) e Jerônimo Goergen (RS), Maranhão pode perder o mandato e automaticamente deixa o comando da Casa.
Lopes, que é vice-líder da legenda, deixou o encontro para conversar com Maranhão e pedir que ele mesmo renuncie. Como o parlamentar pediu atá as 10h de amanhã (11) para se manifestar, a reunião da Executiva Nacional do PP que estava marcada para 17h e onde poderia ser batido o martelo foi cancelada. 
Líder do PP, Agnaldo Ribeiro (PB) foi o último a entrar na sala do PTB, onde ocorre a reunião de líderes. Ribeiro reconheceu que a decisão de Maranhão "criou uma instabilidade ainda maior" do que a que já acometia o país. Ele admitiu que os líderes têm o papel, agora, de tentar encontrar uma saída para garantir a funcionalidade da Casa, ainda que esta saída seja o afastamento de Maranhão da primeira vice-presidência, que tiraria também o direito dele ocupar interinamente a Presidência da República. 
Segundo Ribeiro, não é seu papel ou do Ciro Gomes (CE), presidente da legenda, emitir posições pessoais, mas apenas conduzir o processo. Os dois devem se encontrar no início da tarde.
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