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Política

- Publicada em 09 de Maio de 2016 às 19:08

Plenário do Senado vota hoje cassação de Delcídio

 CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania   A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) se reúne para a votação do relatório pela cassação de Delcídio do Amaral.     Em pronunciamento, senador Delcídio do Amaral (sem partifo-MS).     Foto: Beto Barata/Agência Senado

CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) se reúne para a votação do relatório pela cassação de Delcídio do Amaral. Em pronunciamento, senador Delcídio do Amaral (sem partifo-MS). Foto: Beto Barata/Agência Senado


BETO BARATA /AGÊNCIA SENADO/JC
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem o parecer do Conselho de Ética recomendando a cassação do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). A votação em plenário está marcada para hoje.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem o parecer do Conselho de Ética recomendando a cassação do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). A votação em plenário está marcada para hoje.
A decisão da CCJ havia sido adiada à tarde, mas o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), conseguiu acelerar a conclusão do caso após ameaçar não colocar em votação o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) nesta quarta-feira se o caso de Delcídio não fosse analisado.
Delcídio retornou ao Senado nesta segunda-feira, cinco meses após ter se afastado do Senado por ter sido preso na Operação Lava Jato. Por cerca de 15 minutos, o senador falou à CCJ onde pediu desculpas pelos "constrangimentos" que causou.
Ele foi flagrado numa gravação articulando uma estratégia para evitar que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fechasse acordo de delação premiada.
Delcídio sustentou que não cometeu crimes que possam levar à sua cassação e afirmou que agiu a mando da presidente. "Eu não roubei, não desviei dinheiro, não tenho conta no exterior. Estou sendo acusado de obstrução de Justiça. E isso quando eu, como líder do governo, inadvertidamente errei, mas agi a mando. Eu errei, mas vou perder o mandato?", indagou aos colegas de Parlamento.
O senador criticou o andamento do processo que, em sua avaliação, foi o "mais célere" que já viu na Casa e reclamou que a comissão negligenciou documentos importantes. "Estão queimando etapas de forma inacreditável. Estou aqui há 13 anos e nunca vi tanta celeridade", disse.
Delcídio fez elogios ao seu ex-chefe de gabinete Diogo Ferreira Rodrigues, que também foi preso no caso da negociação com Cerveró, e criticou ainda a decisão do Senado, tomada a mando do presidente da Casa, Renan Calheiros, de exonerar o assessor de imprensa do senador, Eduardo Marzagão, em março. Ele foi o autor das gravações que mostraram o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), em conversas com o assessor para evitar uma delação premiada de Delcídio Amaral. Na época, Marzagão acusou a Casa de ter tomado uma decisão política.
O parecer que recomenda a cassação do mandato do senador já havia sido aprovado no Conselho de Ética na semana passada. O colegiado tentou ouvir o senador por cinco vezes, mas Delcídio não compareceu.
Solto em 19 de fevereiro, Delcídio do Amaral pediu seguidas licenças médicas. O senador também fechou acordo de delação, implicando 74 pessoas.
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