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Política

- Publicada em 01 de Maio de 2016 às 21:51

Defesa de Dilma marca ato do Dia do Trabalho em Porto Alegre

Manhã ensolarada em Porto Alegre reuniu público pequeno em ato do Dia do Trabalho

Manhã ensolarada em Porto Alegre reuniu público pequeno em ato do Dia do Trabalho


ANTONIO PAZ/JC
Lívia Araújo
Somando-se aos atos comemorativos ao Dia do Trabalho em todo o País, o ato organizado em Porto Alegre por centrais sindicais, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e coletivos como Povo sem medo e Frente Brasil Popular, reuniu um público pequeno na manhã de ontem no parque Farroupilha. Representantes dos trabalhadores manifestaram preocupação com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), que pode acontecer em 11 de maio - quando a comissão do impeachment no Senado decide ou não pela continuidade do processo - e as consequências diretas de um eventual governo de transição de seu vice Michel Temer (PMDB).
Somando-se aos atos comemorativos ao Dia do Trabalho em todo o País, o ato organizado em Porto Alegre por centrais sindicais, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e coletivos como Povo sem medo e Frente Brasil Popular, reuniu um público pequeno na manhã de ontem no parque Farroupilha. Representantes dos trabalhadores manifestaram preocupação com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), que pode acontecer em 11 de maio - quando a comissão do impeachment no Senado decide ou não pela continuidade do processo - e as consequências diretas de um eventual governo de transição de seu vice Michel Temer (PMDB).
"Quem foi às ruas para pedir o fim da corrupção está envergonhado, porque viu que eles não querem acabar com a corrupção, e sim acabar com a CLT e os direitos trabalhistas", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo. Para Guiomar Vidor, que preside a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), um possível governo de Temer não seria de "transição", mas sim de "traição nacional", porque quer aplicar "as propostas derrotadas no último pleito".
Lideranças petistas no evento também defenderam uma via alternativa à saída de Dilma do Planalto. O ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont (PT) acredita que Dilma deve remeter ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para chamar a imediata realização de eleições. "É uma forma de a presidente deixar claro à sociedade brasileira um manifesto de programa e luta", disse. Pont também manifestou preocupação quanto à condução política de um futuro governo Temer. "O Meirelles (Henrique, cotado para assumir o Ministério da Fazenda), ao receber o convite, reafirma com todas as letras que o caminho é privatizar tudo o mais rápido possível", acredita.
Porém, para o líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Fontana (PT), a chance da convocação de eleições gerais é praticamente nula, porque a atual composição do Congresso não abrirá mão do poder. "Além do acordão que fizeram para ocupar ministérios, se houvesse eleições hoje, nenhum dos candidatos que representam os golpistas, como Aécio Neves, José Serra, Bolsonaro, nenhum deles tem condições de ganhar uma eleição presidencial no Brasil. Então eles só chegam ao poder através do golpe e sem votos", pontuou.
O ato do dia 1 de maio também teve a participação do ativista argentino pelos direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do prêmio Nobel da Paz em 1980. Ontem, no parque Farroupilha, Esquivel disse: "não queremos mais golpes de estado em nosso continente". Pérez Esquivel também enfatizou que o mesmo método aplicado no afastamento dos presidentes de Honduras e Paraguai, Manuel Zelaya e Fernando Lugo, ocorre também no Brasil.
Na manhã de hoje, Perez Esquivel palestra no evento Direitos Humanos e Democracia na América Latina, que acontece às 9h no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.
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