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Opinião

- Publicada em 27 de Maio de 2016 às 16:03

Um ano quixotesco

Léo Ustárroz
Todo brasileiro conhece algo de Dom Quixote, não é mesmo? Trinta adaptações para o cinema, sabe-se lá quantas para o teatro adulto e infantil, o mesmo para a dança em vários gêneros, na música da ópera de Massenet a Tom Zé, na literatura infantil desde Monteiro Lobato às adaptações para HQ, e na obra original com dezenas de edições no Brasil. Passados exatos 400 anos da morte de Cervantes, encontramos Dom Quixote e seu autor em qualquer veículo de comunicação, nos informando sobre o criador e suas criaturas. Pesquisando na internet por expressões como "as mais importantes obras de literatura", encontraremos no topo das listas o livro com as histórias do engenhoso fidalgo. E por que esse cavaleiro da triste figura é tão importante? Deixo para os especialistas responder em abstrato, mas indico respostas que alcancei concretamente. Havia lido algo de Dom Quixote quando adolescente, parte da obra original publicada em alguma série colecionável. O fiz por curiosidade e por utilidade. Deixei de ser um total ignorante, andei uma casa à frente, mas não persisti em seguir adiante no tabuleiro da literatura. Recentemente passadas algumas décadas atraído pelas letras, depois de uma vida de números, interessei-me verdadeiramente por Dom Quixote, a ponto de, a cada final de capítulo, necessitar de uma pausa para acalmar as elucubrações e fantasias que passavam em minha cabeça, as próprias quixotices. Quixotices estas que se manifestam individualmente, mas também no coletivo e na própria humanidade, quando nos envolvemos em inúteis batalhas contra inimigos só percebidos pela tolice humana. que também nos diz Cervantes é que podemos mudar o mundo sem nos lançar como seu simpático e tolo herói medieval às disputas inglórias, mas denunciando a injustiça através da comédia e ironia, portando como armas não mais que nossas ideias e a capacidade de transmiti-las pela escrita. E a inquietação provocada por Dom Quixote é lembrando Nietzsche do tipo que nos leva a fazer algo a respeito, possibilitando nossa transformação numa versão melhor de nós mesmos.
Todo brasileiro conhece algo de Dom Quixote, não é mesmo? Trinta adaptações para o cinema, sabe-se lá quantas para o teatro adulto e infantil, o mesmo para a dança em vários gêneros, na música da ópera de Massenet a Tom Zé, na literatura infantil desde Monteiro Lobato às adaptações para HQ, e na obra original com dezenas de edições no Brasil. Passados exatos 400 anos da morte de Cervantes, encontramos Dom Quixote e seu autor em qualquer veículo de comunicação, nos informando sobre o criador e suas criaturas. Pesquisando na internet por expressões como "as mais importantes obras de literatura", encontraremos no topo das listas o livro com as histórias do engenhoso fidalgo. E por que esse cavaleiro da triste figura é tão importante? Deixo para os especialistas responder em abstrato, mas indico respostas que alcancei concretamente. Havia lido algo de Dom Quixote quando adolescente, parte da obra original publicada em alguma série colecionável. O fiz por curiosidade e por utilidade. Deixei de ser um total ignorante, andei uma casa à frente, mas não persisti em seguir adiante no tabuleiro da literatura. Recentemente passadas algumas décadas atraído pelas letras, depois de uma vida de números, interessei-me verdadeiramente por Dom Quixote, a ponto de, a cada final de capítulo, necessitar de uma pausa para acalmar as elucubrações e fantasias que passavam em minha cabeça, as próprias quixotices. Quixotices estas que se manifestam individualmente, mas também no coletivo e na própria humanidade, quando nos envolvemos em inúteis batalhas contra inimigos só percebidos pela tolice humana. que também nos diz Cervantes é que podemos mudar o mundo sem nos lançar como seu simpático e tolo herói medieval às disputas inglórias, mas denunciando a injustiça através da comédia e ironia, portando como armas não mais que nossas ideias e a capacidade de transmiti-las pela escrita. E a inquietação provocada por Dom Quixote é lembrando Nietzsche do tipo que nos leva a fazer algo a respeito, possibilitando nossa transformação numa versão melhor de nós mesmos.
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