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Opinião

- Publicada em 20 de Maio de 2016 às 18:04

Porto Alegre pode aderir às novas tecnologias

O prefeito José Fortunati enviou à Câmara Municipal projeto de lei regulamentando os serviços do aplicativo Uber, pelo qual as pessoas podem contratar automóveis particulares para seus deslocamentos. Os taxistas reclamaram muito, pois seria uma invasão do seu mercado de trabalho, onde pagam taxas, são regulamentados e necessitam dos clientes, os quais, segundo dados da EPTC, têm diminuído nos últimos tempos, em razão da crise econômica do Brasil.
O prefeito José Fortunati enviou à Câmara Municipal projeto de lei regulamentando os serviços do aplicativo Uber, pelo qual as pessoas podem contratar automóveis particulares para seus deslocamentos. Os taxistas reclamaram muito, pois seria uma invasão do seu mercado de trabalho, onde pagam taxas, são regulamentados e necessitam dos clientes, os quais, segundo dados da EPTC, têm diminuído nos últimos tempos, em razão da crise econômica do Brasil.
Os mais velhos ainda se lembram dos então "carros de praça", importados, quatro portas, grandes, com motoristas cujos nomes os moradores das proximidades conheciam, eram, às vezes, vizinhos. O valor das "corridas", os deslocamentos, era acertado na hora entre motorista e passageiro, no momento em que este entrava no carro. E era por esse nome, carros de praça, que eram identificados os hoje táxis.
Como o nome provava, eles estacionavam, na maioria das vezes, nas esquinas de praças onde havia um precioso telefone fixo, uma raridade até os anos de 1970. Usar um "carro de praça" era dispendioso para a maioria dos porto-alegrenses. Provavelmente apenas para casamentos, levando a noiva, cortejos fúnebres em direção aos cemitérios da Santa Casa e do São Miguel e Almas, ou para casos urgentes, inclusive de saúde. Se não havia ainda o Samdu, que hoje é o Samu, tínhamos as ambulâncias da Assistência Municipal, que se deslocavam até as moradias em meio ao baixo trânsito de veículos nas ruas da pacata Porto Alegre, com seus cerca de 400 a 500 mil habitantes, na comparação com os 1,4 milhão de agora.
Mas, os tempos mudaram, os telefones ficaram acessíveis, fixos ou móveis, os "carros de praça" se tornaram táxis, identificando os pequenos aparelhos que marcavam - e ainda marcam - o valor a ser pago ao fim do percurso. Assim foi e ainda é o modelo dos automóveis de aluguel em Porto Alegre e na maioria das cidades, onde existe o serviço.
Em algumas cidades interioranas, há apenas os "mototáxis", com motocicletas, bem mais desconfortáveis, é claro. Quarenta anos após, eis que uma nova maneira chegou - aliada à tecnologia que invade nossas vidas rapidamente. No entanto, ao contrário dos taxímetros que facilitaram o modelo, o aplicativo Uber causa discussões sem fim e depende, agora, da decisão dos vereadores. São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória são capitais que aderiram à novidade, tratando de legalizar o serviço.
O Uber coloca clientes e motoristas de carros particulares previamente cadastrados em contato direto, via um aplicativo de celular. O pagamento é feito por meio de cartão de crédito, e o Uber leva uma comissão. Fundada na Califórnia em 2009, a empresa já atua em diversos países, sempre provocando reação por parte dos taxistas convencionais, além de denúncias de falta de segurança. Chegou ao Brasil em 2014, por ocasião da Copa do Mundo.
Até mesmo em Nova Iorque, a cidade mais cosmopolita do mundo e sede mundial do capitalismo, ocorreram protestos contra a chamada, via aplicativo em celular, dos carros do Uber, os quais são de particulares que fazem o trabalho dos profissionais de táxis. Ter uma placa de táxi legalizada custa muito dinheiro quando da transferência. Isso todos sabem há muitos anos, inclusive na Secretaria dos Transportes/EPTC.
Mas, as tecnologias chegam e, mesmo diante de protestos, vão se impondo, ou não, conforme caem no agrado dos clientes que as usam. Então, se o projeto de lei for aprovado, ficaremos sabendo.
 
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