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Opinião

- Publicada em 10 de Maio de 2016 às 16:05

É preciso estar com a rua

Paulo Paim
A proposta de emenda à Constituição (PEC 20/2016) prevê eleição para presidente e vice em outubro junto com as eleições municipais. Ela só terá êxito se houver um amplo entendimento nacional com o aval da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice, Michel Temer (PMDB). Pesquisas apontam que a população desaprova os dois cenários que estão postos. O primeiro é a continuidade do governo Dilma. O segundo é a ascensão de Temer. Aliás, a carta de intenções "Uma ponte para o futuro" de Temer está causando indignação, pois o documento sinaliza medidas contrárias aos direitos dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, servidores públicos, empreendedores: terceirização, negociado acima do legislado, reforma da Previdência, fim da desvinculação das receitas da União para saúde e educação. O Vox Populi revelou que, na visão de 58% dos entrevistados, o impeachment não solucionará os problemas do País. O Ibope por sua vez divulgou que 62% dos entrevistados querem eleições gerais, 25% aceitam Dilma e somente 8% optam por Temer. A classe política não está conseguindo responder aos anseios da rua. A chapa eleita teria um mandato de dois anos. A proposta não busca suspender os debates sobre o impeachment e, sim, seguir paralelamente a ele. Já em 2017 seria realizada uma assembleia revisional como prevê a PEC 15/2016, de nossa autoria, com o objetivo de reformar o sistema político, eleitoral e partidário. Os integrantes seriam eleitos pelo voto direto, admitidas candidaturas avulsas, e todos eles não poderiam concorrer nas eleições seguintes. Outros pré-requisitos: ser ficha limpa e não manter mandato parlamentar. Findos os trabalhos, a assembleia seria dissolvida e um referendo validaria a proposta para as eleições de 2018. A crise que esfumaça o País é um conjunto de espúrias ações que levaram à perda de legitimidade dos eleitos. Precisamos reconhecer as palavras de Ulysses Guimarães: "É preciso estar com a rua, e não somente na rua".
A proposta de emenda à Constituição (PEC 20/2016) prevê eleição para presidente e vice em outubro junto com as eleições municipais. Ela só terá êxito se houver um amplo entendimento nacional com o aval da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice, Michel Temer (PMDB). Pesquisas apontam que a população desaprova os dois cenários que estão postos. O primeiro é a continuidade do governo Dilma. O segundo é a ascensão de Temer. Aliás, a carta de intenções "Uma ponte para o futuro" de Temer está causando indignação, pois o documento sinaliza medidas contrárias aos direitos dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, servidores públicos, empreendedores: terceirização, negociado acima do legislado, reforma da Previdência, fim da desvinculação das receitas da União para saúde e educação. O Vox Populi revelou que, na visão de 58% dos entrevistados, o impeachment não solucionará os problemas do País. O Ibope por sua vez divulgou que 62% dos entrevistados querem eleições gerais, 25% aceitam Dilma e somente 8% optam por Temer. A classe política não está conseguindo responder aos anseios da rua. A chapa eleita teria um mandato de dois anos. A proposta não busca suspender os debates sobre o impeachment e, sim, seguir paralelamente a ele. Já em 2017 seria realizada uma assembleia revisional como prevê a PEC 15/2016, de nossa autoria, com o objetivo de reformar o sistema político, eleitoral e partidário. Os integrantes seriam eleitos pelo voto direto, admitidas candidaturas avulsas, e todos eles não poderiam concorrer nas eleições seguintes. Outros pré-requisitos: ser ficha limpa e não manter mandato parlamentar. Findos os trabalhos, a assembleia seria dissolvida e um referendo validaria a proposta para as eleições de 2018. A crise que esfumaça o País é um conjunto de espúrias ações que levaram à perda de legitimidade dos eleitos. Precisamos reconhecer as palavras de Ulysses Guimarães: "É preciso estar com a rua, e não somente na rua".
Senador (PT)
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