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Opinião

- Publicada em 03 de Maio de 2016 às 16:37

Um deboche maquiado de benefício

No Dia Internacional do Trabalho, a presidente da República anunciou com toda pompa um reajuste de 5% para tabela de Imposto de Renda (IR) Pessoa Física, para vigorar a partir de janeiro de 2017. Para quem não está ao par da situação, parece uma boa notícia. Mas não é! Corrigir a tabela do IR é uma reivindicação corrente dos trabalhadores, muitos com salários baixos, mas que são obrigados a recolher o imposto.
No Dia Internacional do Trabalho, a presidente da República anunciou com toda pompa um reajuste de 5% para tabela de Imposto de Renda (IR) Pessoa Física, para vigorar a partir de janeiro de 2017. Para quem não está ao par da situação, parece uma boa notícia. Mas não é! Corrigir a tabela do IR é uma reivindicação corrente dos trabalhadores, muitos com salários baixos, mas que são obrigados a recolher o imposto.
Ocorre que a tabela já está defasada em 72%, desde 1996. E não foi reajustada em 2016, embora a inflação de 2015 tenha superado os dois dígitos. Pelos estudos do Projeto Gestão Pública Eficaz, do Sescon-RS, trabalhadores com vencimentos menores que R$ 3.250,00 estariam isentos de recolher se a tabela fosse simplesmente corrigida pela inflação. Mas isso não ocorre. A sangria é histórica.
Agora, o governo federal sinaliza um índice menor que a estimativa de inflação para esse ano, que hoje é superior a 7%. Um claro deboche aos nossos trabalhadores (assalariados, autônomos e empresários). Mas os efeitos devastadores não param por aí! Em 2014, foram cerca de 410 mil assalariados (pessoas com salários menores) que contribuíram para o IR indevidamente.
Isso fez o governo arrecadar R$ 1,6 bilhão só pela diferença da inflação do ano.
O valor pago a mais pelo cidadão significa menos consumo, trabalho, renda e, acreditem, impostos! Para ilustrar essa situação, com o salário isento de IR em 1996 comprávamos 1.436 litros de gasolina e 11,8 cestas básicas em Porto Alegre. Porém, com o limite de isenção atual, compramos apenas 500 litros de gasolina e 4,5 cestas básicas. A solução passa por enxugar a máquina pública! É acabar com cabides de emprego nos órgãos. É deixar de gastar cerca de R$ 1 milhão mensal por gabinete de deputado estadual, federal ou senador. É trabalhar numa melhor gestão e não na criação de receitas arcadas pelo trabalhador.
Porque onerar ainda mais é continuar debochando do cidadão brasileiro!
Presidente do Sescon-RS
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