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Internacional

- Publicada em 29 de Maio de 2016 às 17:08

Mais de 700 mortes em uma semana

 Corpos de mortos em naufrágio são retirados de navio da Guarda Costeira

Corpos de mortos em naufrágio são retirados de navio da Guarda Costeira


GIOVANNI ISOLINO/AFP/JC
Cerca de 700 imigrantes, incluindo 40 crianças, podem ter morrido, na semana passada, em naufrágios de embarcações na tentativa de cruzar da Líbia para a Itália, segundo depoimentos de sobreviventes coletados pelo Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) em relatório publicado ontem.
Cerca de 700 imigrantes, incluindo 40 crianças, podem ter morrido, na semana passada, em naufrágios de embarcações na tentativa de cruzar da Líbia para a Itália, segundo depoimentos de sobreviventes coletados pelo Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) em relatório publicado ontem.
Cerca de 14 mil pessoas foram resgatadas desde segunda-feira, e houve pelo menos três casos confirmados de barcos afundados. Mas o número de mortos só pode ser estimado com base nos testemunhos de sobreviventes, que ainda estão sendo coletados. "Nunca saberemos o número exato, nunca conheceremos sua identidade, mas os sobreviventes nos disseram que há mais de 500 mortos", disse no Twitter após a tragédia de quinta-feira uma porta-voz do Acnur, Carlotta Sami.
Cerca de 100 pessoas foram declaradas desaparecidas na véspera, em outro incidente, e 45 corpos foram recuperados na sexta-feira. De acordo com os sobreviventes, o capitão sudanês de um dos barcos cortou a corda, que se rompeu e decapitou uma mulher. A segunda embarcação afundou rapidamente, levando consigo os que estavam presos no porão. O sudanês foi preso ao chegar a
Pozzalo junto a outros três supostos traficantes de pessoas, disseram os meios de comunicação italianos.
"Durante duas horas lutamos contra a água, mas foi inútil. O barco começou a inundar, e os que estavam no porão não tiveram sorte. Mulheres, homens, crianças, muitas crianças, ficaram presos, e se afogaram", contou uma menina nigeriana aos mediadores culturais, segundo o jornal La Stampa. O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, afirmou no sábado que a Europa precisa de "um acordo urgente com a Líbia e com os países africanos" para deter a crise.
O presidente do Parlamento europeu, Martin Sculz, afirmou em uma entrevista ao jornal que a proposta italiana para um pacto da União Europeia sobre migração, chamado Migration Compact, foi "a melhor proposta" para deter estas travessias de barcos e prevenir as mortes. A Itália quer convencer os países da África a ajudarem a fechar as rotas migratórias à Europa e recuperar parte dos que chegam da Líbia, em troca de mais ajuda e investimento. 
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